A taxa de desocupação no Brasil atingiu 7,6% no trimestre encerrado em outubro de 2023, apresentando uma queda de -0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,9%) e uma redução expressiva de -0,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2022 (8,3%).
O resultado ainda ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 7,7%.
Este é o índice mais baixo desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
População desocupada e ocupada: Movimentos favoráveis a população desocupada, totalizando 8,3 milhões de pessoas, registrou uma queda significativa de 3,1% no trimestre e uma redução expressiva de 8,5% no ano, marcando o menor contingente desde abril de 2015.
Em contrapartida, a população ocupada atingiu um marco histórico, ultrapassando os 100 milhões de trabalhadores pela primeira vez desde o início da série histórica em 2012. Com 100,2 milhões de ocupados, o contingente cresceu 0,9% no trimestre e 0,5% no ano.
O nível da ocupação foi estimado em 57,2%, com um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Indicadores de subutilização
A taxa composta de subutilização, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar, atingiu 17,5%, apresentando uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma significativa queda de 2,0 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2022.
A população subutilizada, totalizando 20,0 milhões de pessoas, permaneceu estável no trimestre e teve uma redução de 11,6% no ano, marcando o menor contingente desde fevereiro de 2016.
No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada chegou a 37,6 milhões, apresentando um aumento de 1,7% no trimestre e 2,7% no ano, representando o maior contingente desde junho de 2014.
O número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões, registrando um aumento de 1,3% no trimestre. A taxa de informalidade permaneceu em 39,1% da população ocupada.
Economia em ascensão
O rendimento real habitual cresceu 1,7% no trimestre, alcançando R$ 2.999, e registrou um aumento de 3,9% no ano.
A massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde da série histórica, crescendo 2,6% no trimestre e 4,7% na comparação anual, totalizando R$ 295,7 bilhões.
Os números indicam uma tendência positiva no mercado de trabalho brasileiro, refletindo a recuperação econômica e apontando para um cenário mais favorável para os trabalhadores.