Home Mercados Dinheirama Entrevista: Bruno Muniz, sócio-executivo da Gaudium

Dinheirama Entrevista: Bruno Muniz, sócio-executivo da Gaudium

por Rodrigo Silveira
0 comentário

Dinheirama Entrevista: Bruno Muniz, sócio-executivo da GaudiumSempre destacamos que somos grandes fãs de tecnologia e acreditamos no potencial que ela tem de transformar nosso cotidiano. A chegada avassaladora dos smartphones e tablets é prova de que as mudanças nessa área acontecem muito rapidamente e de forma surpreendente. Mas, será que esse cenário de conectividade total é mesmo útil e relevante para uma vida mais saudável e inteligente?

Conversei sobre isso com Bruno Muniz, um dos sócios da Gaudium, uma empresa de software especializada em desenvolvimento de aplicativos para iPad, iPhone, Android e Web. Bruno é Mestre em Informática (área: Redes de Computadores) pela PUC-Rio e pós-graduado em Gerência de Projetos de Software pela mesma instituição.

Nesse papo, Bruno usou sua experiência de mais de 10 anos em Tecnologia da Informação nas áreas de Desenvolvimento WEB/iPhone/iPad, Redes, Middleware, Banco de Dados e Business Intelligence para deixar sua opinião sobre os caminhos da tecnologia e porquê devemos prestar tanta atenção nessas novidades. Acompanhe:

Parece que o brasileiro tomou gosto pelos smartphones. As vendas dispararam e o mercado de apps com esse cenário parece caminhar para um crescimento também expressivo. De uma maneira geral, o brasileiro é receptivo a essa nova realidade e está pronto para mergulhar de cabeça no mundo mobile?

Bruno Muniz: Sim, números recentes mostram como o brasileiro avançou no acesso por meio de smartphones e tablets. Acredito que isso seja consequência do barateamento dos smartphones e, principalmente, dos planos de dados, que hoje já são oferecidos até no modelo pré-pago, com preços acessíveis. Com essas oportunidades, o brasileiro deve mergulhar no mobile e dominar, como de costume, as estatísticas de uso.

Conte-nos um pouco de sua história como empreendedor e como surgiu a ideia de fundar a Gaudium. Quais foram os maiores desafios enfrentados até agora?

B. M.: A Gaudium surgiu do sonho de poder melhorar, significativamente, a vida das pessoas. Acredito que a tecnologia possui enorme poder de transformação, permitindo, por exemplo, a democratização da informação de qualidade. Na minha opinião, isso apoia a evolução das pessoas e, consequentemente, do mundo.

No final de 2009, tomei a decisão, após bastante amadurecimento, de realizar esse sonho e larguei meu emprego (para surpresa de muitos!). Eu sabia que, embora exigisse dedicação, seria uma jornada prazerosa e completamente alinhada com meu coração.

Desde o começo, em 2010, o principal desafio foi o negócio em si. Minha formação, que inclui mestrado na PUC-Rio, foi bastante voltada para computação, deixando lacuna na área de business. Felizmente, tenho aprendido muito nesse aspecto, inclusive com a experiência de nossos novos sócios: a BL Informática, empresa com muitos anos de mercado no RJ e sócia da Gaudium desde o final de 2011.

Muitos dos aplicativos mais utilizados são ligados ao entretenimento e lazer. Em sua opinião, existe espaço para aplicativos que contribuem com temas como educação financeira e investimentos? A Gaudium oferece opções neste sentido?

B. M.: Nós acreditamos bastante em projetos com bons propósitos: educação financeira atua diretamente na melhoria da relação das pessoas com o dinheiro. Como esse não é um assunto oferecido nas escolas do Brasil, onde a educação ainda engatinha, devemos arregaçar as mangas e oferecer meios alternativos para difundir esse conhecimento. Existe enorme demanda. Portanto, aplicativos nessa área fazem muito sentido para a Gaudium. A esse respeito, teremos ótimas novidades nas próximas semanas.

A questão da segurança é sempre delicada e muitos brasileiros ainda enxergam com reservas a utilização dos celulares para fins bancários. O que de fato existe de verdades ou mitos dentro desse tema? É seguro utilizar o celular para meios de compra e movimentações bancárias?

B. M.: Quando se utilizam protocolos de segurança como HTTPS, não faz diferença em que meio a informação trafega, se é via 3G, Wi-Fi ou rede Ethernet: o canal é seguro fim-a-fim e, portanto, independe se o acesso é feito via mobile ou desktop. Os bancos e principais sites de compra utilizam esse tipo de protocolo.

Dessa maneira, a interceptação de comunicação para obtenção de dados confidenciais é ineficaz. Na verdade, em determinados ecossistemas mobile, como o iOS por exemplo, é até mais seguro, em princípio, realizar compras ou operações com bancos no próprio aplicativo iOS, em comparação com alguns sistemas operacionais para desktop.

Isso acontece porque existe uma avaliação prévia de todos os aplicativos que estão disponíveis na Loja da Apple. Essa avaliação reduz significativamente a presença de malware (software malicioso), o que não acontece na maioria dos sistemas operacionais de desktop. Embora não exista 100% de segurança, é possível, com certo cuidado, utilizar esse tipo de aplicação com segurança nos dois ambientes (mobile e desktop).

Repare que, muitas vezes, outros fatores devem ser levados em consideração, como a idoneidade da loja virtual onde se compra, por exemplo.

Recentemente, lançamos o Dinheirama Online, um software de gestão financeira online. Imediatamente os usuários começaram a cobrar uma versão mobile da ferramenta, o que de certa forma mostra o quanto as pessoas estão conectadas. É possível afirmar que, em breve, a mobilidade tomará a frente no desenvolvimento de programas e ferramentas de uma maneira geral?

B. M.: Particularmente, acredito que o sucesso da mobilidade esteja ligado à possibilidade de novas experiências de uso. Muitos agora desejam a informação instantânea, onde estiverem. Nesse aspecto, a demanda reprimida de aplicativos é enorme. O espaço que se apresenta para ocupação é gigantesco, tanto para as experiências que já conhecemos, como para as que iremos descobrir.

Como o uso de smartphones e tablets vem se mostrando muito apropriado para o consumo de informação, acredito que a versão mobile da grande maioria dos programas e ferramentas será indispensável.

O fato de estar conectado o tempo todo também traz desafios para a vida real, das responsabilidades e deveres, principalmente porque é fácil distrair-se diante de tanta informação. Que dicas você pode oferecer para equilibrarmos bem o uso dos dispositivos móveis e nossa “vida real”?

B. M.: É importante ter disciplina, foco e priorizar o que realmente interessa. Nesse mundo de muitas informações, é primordial saber filtrar o que deve ser consumido, diferenciar o relevante do supérfluo. Isso requer experiência e método. Com gestão adequada do tempo, é possível equilibrar essa situação para, essencialmente, nos dedicarmos ao que nos toca profundamente: as relações com as pessoas.

Dizem que muitos dos produtos que serão consumidos daqui a 10 anos ainda nem foram inventados. Será que podemos usar esta regra para os aplicativos também?

B. M.: Sim, concordo. Vale para produtos, aplicativos e experiências de uso.

Bruno, obrigado por nos atender e pelo ótimo papo. Deixe um recado para quem gosta de tecnologia móvel e inovação.

B. M.: Muito obrigado, o papo foi excelente. Para quem curte o mundo mobile, prepare o seu coração: a Gaudium vai lançar muitas novidades este ano, inclusive uma que envolve educação financeira de qualidade ímpar. Para mais detalhes, fique de olho em nosso site oficial: www.gaudium.com.br. Até a próxima.

Foto: divulgação.

Sobre Nós

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.  Saiba Mais

Mail Dinheirama

Faça parte da nossa rede “O Melhor do Dinheirama”

Redes Sociais

© 2023 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.