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Dinheirama Entrevista: Clóvis Souza fundador da Giuliana Flores

por Redação Dinheirama
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Dinheirama Entrevista: Clóvis Souza fundador da Giuliana Flores

Se você já tentou comprar ou enviar flores de presente através da internet, é bem possível que já tenha se deparado com a Giuliana Flores. A empresa criada em 1990 lançou-se ao e-commerce em 2000 e se tornou uma das maiores do ramo. Atualmente, conta com um centro de distribuição de 2.700m2 em São Caetano do Sul (SP), o qual é capaz de atender 85% das solicitações em até uma hora.

O responsável pela criação e sucesso da empresa começou a trabalhar em floriculturas aos 10 anos de idade para ajudar a família. E fez do trabalho algo bem maior. Conversamos com Clóvis Souza, empresário e fundador da Giuliana Flores, para conhecer sua trajetória e as razões de sucesso do negócio!

Pode contar um pouco de sua história para os leitores? Quando você começou a trabalhar no ramo de flores?

Clóvis Souza: Trabalhei em floricultura desde os 10 anos para ajudar a família. Ainda com menos idade, também vendi flores em um cemitério da Zona Leste de São Paulo. Eu morava em cima de uma floricultura. Minha mãe trabalhava o dia todo e, para não me deixar sozinho em casa, perguntou ao dono da floricultura se eu poderia trabalhar no local depois que chegasse da escola até a hora em que ela voltasse do trabalho. Foi assim que começou a minha relação com as flores.

Graças a esse “trabalho informal” eu me apaixonei pela arte floral e com 15 anos já era um profissional da área. Eu morava e trabalhava em São Caetano do Sul, onde cresci, e certo dia fui junto a um amigo colocar uma placa de “aluga-se” em sua casa. Ao reparar no grande movimento de carros e pessoas, pensei que aquele local seria ideal para uma loja. Por fim, não colocamos a placa e naquele endereço nasceu a primeira loja física da Giuliana Flores, que continua no mesmo endereço há 29 anos.

A Giuliana Flores foi criada em 1990, na cidade de São Caetano do Sul – SP, onde nasci e cresci, e lançou-se no e-commerce no ano 2000. Hoje, temos um centro de distribuição de 2.700 m² em São Caetano do Sul (SP), capaz de atender 85% das solicitações em até uma hora.

Como surgiu a ideia de criar uma loja online de flores e quando?

C. S.: Eu já fazia catálogos que eram distribuídos para os clientes, que ligavam e compravam por telefone. Quando a Internet surgiu, eu tive o insight de fazer um catálogo online. O que veio depois foi uma consequência natural. Eu colocava os catálogos na internet e as pessoas começavam a ligar na loja para fazer os pedidos, e isso deu muito certo. No início do site, não tínhamos dinheiro para fazer muito barulho na mídia. Um dia eu recebi minha fatura de cartão de crédito e junto veio uma divulgação dando desconto para os clientes. Entrei em contato com o banco para encontrar a área que realizava essa ação e, assim, nasceu o marketing da Giuliana Flores, através de parcerias com grandes bancos e seguradoras em que eu oferecia um desconto aos clientes deles. Essas ações foram fortificando a nossa marca porque era como se aquele banco dissesse aos clientes “compre nessa empresa porque ela é segura”.

Esse foi o ponto de virada da minha vida como empreendedor, foi o momento onde me aventurei na venda pela internet. Hoje é uma prática muito comum, muitas pessoas inclusive começam vendendo online, porém quando tudo começou muitas pessoas me julgavam maluco pela ousadia, mas foi daí em diante que minha história como empreendedor mudou completamente.

Como é a logística para atender tantos lugares e garantir a qualidade do que oferece?

C. S.: Trabalhamos com dois modelos de entrega. Se o pedido for para o dia seguinte ou depois (para qualquer lugar do país), entregamos nossos próprios produtos, saindo do nosso Centro de Distribuição (CD) em São Caetano, por meio de transportadora ou Correio.

Caso o pedido seja para o mesmo dia (trabalhamos com entrega expressa de até 3 horas para todas as capitais do país e entrega em 1 hora para a grande São Paulo), podemos contar com nossas floriculturas afiliadas, que são mais de 170 em todo país. Elas possuem um catálogo com alguns produtos idênticos aos nossos. Quando a pessoa coloca o CEP no site e a data de entrega, mostramos o catálogo disponível para a região, e então essas floriculturas fazem a entrega, com o mesmo padrão da nossa sede: seguindo modelo de caixa e cartão. Das 180 mil entregas realizadas por mês, 85% são para o mesmo dia. Para o consumidor não há diferença. Buscamos acomodar o produto em uma embalagem especial com proteções para que não haja nenhum tipo de dano quando o presente chegar nas mãos do destinatário.

Flores são um produto perecível. Como vocês se organizam para ter sempre os produtos disponíveis ou para não haver tanta perda? Dá para se organizar neste sentido com uma quantidade tão grande de pedidos como devem receber?

C. S.:Eu costumo acompanhar as novidades do mercado, até porque eu mesmo vou pelo menos uma vez na semana ao Ceasa e procuro me inteirar dos assuntos. Como comentado anteriormente, temos parcerias com floriculturas e os produtos são mostrados para o cliente no site, de acordo com o CEP em que ele se encontra, ou seja, sempre produtos disponíveis para a entrega na região.

Brasileiros costumam comprar muitas flores? Qual o perfil de quem é cliente?

C. S.: O Brasil não é um dos principais consumidores de flores do mundo, mas esse perfil já está mudando. Homens e mulheres da classe A/B são nosso público principal, mas a Giuliana Flores atende a uma variada gama de clientes, que encontram não apenas uma floricultura online, mas as soluções perfeitas de presentes para qualquer ocasião. É difícil traçar um perfil exato de clientes que compram, pois as compras são baseadas em aspectos emocionais.

Temos, pelo menos, cinco datas por ano em que uma pessoa pode presentear seu parceiro/parceira. Dia da Mulher, por exemplo, é a terceira maior data do nosso calendário, além de Dia das Mães, Dia dos Namorados, Natal e Dia dos Pais, e as possíveis datas particulares, como aniversário e comemoração de namoro ou casamento. Além disso, as flores funcionam como ótimos complementos para os presentes. Por isso, oferecemos uma gama enorme de produtos para kits, como cervejas, chocolate, pelúcia, artigos decorativos, semi-jóias e muito mais.

Hoje a empresa atende quais regiões? Vocês pensam em crescer mais? De que forma?

C. S.: Entregamos para todo o Brasil e também para o exterior. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são as regiões que mais compram. A ideia é crescer sempre. Quero que os clientes enxerguem nossa empresa como um local onde encontram todo o tipo de presente que procuram. O sucesso do negócio nos levou a entrar no mercado de franquias e isso acontecerá a partir de agosto deste ano (2019). Além de continuarmos expandindo com quiosques e lojas próprias.

Como empresário de sucesso, você também aprendeu com erros ao longo do caminho? Como?

C. S.: A cada estágio da minha caminhada como empreendedor foram surgindo diferentes dificuldades que tiveram que ser enfrentadas uma a uma. Entregar flores pelo correio, por exemplo, alguns anos atrás foi um dos primeiros desafios e na ocasião muito disseram que seria impossível. Hoje isso faz parte do meu dia a dia. Tive que deixar. Portanto, de ser apenas um florista e passar a entender do mercado como um todo.

Comecei a trazer muitas pessoas para trabalhar comigo: família, amigos e profissionais, por isso a responsabilidade de continuar crescendo foi aumentando. O mercado de venda online era novo, então fui aprendendo sozinho com muitos erros e acertos, vivia lidando com novidades todos os dias, e até hoje é assim. O que me encanta é o fato de não ter uma rotina no meu negócio.

Nossos desafios iniciais foram principalmente com as questões logísticas: no começo as transportadoras não estavam acostumadas a entregar um produto tão sensível quanto os que vendemos. Hoje, esse processo é um dos nossos maiores bens. Conseguimos entregar com qualidade os nossos próprios produtos em quase todo o Brasil em tempo recorde de três horas na grande São Paulo. O grande desafio hoje é trazer cada vez mais novos compradores, além de manter os clientes atuais satisfeitos.

O que sugeriria para quem está começando no empreendedorismo pensando na experiência que você tem hoje?

C. S.: Não desistir dos objetivos é o principal, se não deu certo de um jeito talvez o ideal seja mudar a estratégia. Insistir em um mesmo erro não leva a lugar nenhum, mas o importante é não desanimar e sempre focar nas metas e objetivos. O mais importante é ter criatividade para todas as atividades, enxergar oportunidade em tudo e não desistir no primeiro não. Muitas vezes deixamos passar boas oportunidades que à primeira vista não parecem tão vantajosas, por isso, devemos ter a ideia bem amadurecida e consistente para não perder nenhum detalhe importante no caminho.

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