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Dinheirama Entrevista: Delber Lage, CEO da SalaryFits

por Redação Dinheirama
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Salaryfits

A área de Recursos Humanos vem contando com uma série de transformações lideradas pelas startups. A SalaryFits é uma fintech que promove saúde e inclusão financeira a partir do conceito brasileiro de benefícios com desconto em folha de pagamento, e mais de 3 milhões de empregados já foram beneficiados. Recentemente, a empresa também realizou parceria com a plataforma de openbank da Fabric focando em empréstimo consignado. Conversamos com o CEO Delber Lage para entender melhor a respeito.

 Para começar, pode explicar resumidamente o que faz a SalaryFits? De onde surgiu a ideia para a criação da fintech?

D.L.: A SalaryFits foi criada em 2016 como uma spin off internacional da fintech brasileira Zetra. Nossa missão é levar a inclusão e o bem-estar financeiro ao mundo, empoderando as pessoas através de seus salários. Para isso, nossa plataforma inovadora é capaz de mudar a vida das famílias ao conectar empresas a diversos fornecedores de benefícios. Focamos no bem-estar financeiro dos colaboradores, permitindo o acesso fácil a uma cesta de produtos e serviços com melhores preços e condições. A contratação é diretamente online e há a conveniência do pagamento por meio do desconto na folha de pagamento.

Atualmente, mais de 3 milhões de empregados são beneficiados com a nossa tecnologia acessando este crédito mais conveniente e barato. A empresa está, de fato, liderando o caminho em termos da interseção entre as Fintechs, benefícios e tecnologia para RHs. A criação surgiu através da experiência no Brasil, sendo líder no segmento de gestão de benefícios consignados, com estudos aprofundados sobre a necessidade de inclusão financeira das pessoas no mundo. Segundo o Banco Mundial, ainda existem 1,7 bilhões de adultos sem banco no mundo (2017) que são excluídos do sistema financeiro formal. Com uma plataforma como a nossa, podemos dar acesso a produtos financeiros mais justos e empoderar as pessoas através dos seus salários.

Quem é o público-alvo da empresa e desde quando ela atua no mercado?

D.L.: Para nós, os empregadores são um canal valioso para se viabilizar oferta de produtos financeiros mais justos à população desassistida, mas financeiramente estável. Com nossa plataforma, os trabalhadores podem acessar benefícios financeiros mais sustentáveis e menos burocráticos, ao mesmo tempo que melhoram sua saúde financeira.

Junto a isso, os empregadores confiam em nossa tecnologia para melhorar o bem-estar financeiro de seus funcionários, além de promover engajamento e produtividade no ambiente de trabalho. Já os fornecedores de benefícios, como bancos, seguradoras e empresas de investimento, encontram na SalaryFits um canal para alcançar milhões de potenciais clientes, bem como destacar sua responsabilidade social ao promover a saúde e bem-estar no ambiente de trabalho.

É muito interessante ver esse tripé sustentável e alavancar a relação existente entre esses três atores, criando inovação por meio de uma solução simples, eficaz e que traz benefícios para todas as partes envolvidas. No limite, o que oferecemos é um canal para a oferta qualificada de produtos e serviços focados na promoção do bem-estar financeiro, qualquer que seja o perfil do consumidor.

A SalaryFits já foi eleita a melhor fintech de 2018 durante a conferência Bridge-China UK, e também um dos melhores lugares para se trabalhar. Qual o segredo de tantos resultados positivos?

D.L.: O segredo é perseguir sempre a nossa competência essencial, estimulando o bem-estar e o engajamento no ambiente de trabalho. Nossa experiência de quase 20 anos mostra que incentivar as melhores práticas de gestão de pessoas, aliando educação financeira e benefícios é a chave para estimular a produtividade, tanto internamente quanto externamente.

E quais os maiores desafios que vocês enfrentam hoje?

D.L.: Sempre nos deparamos com o desafio de como promover mais inclusão financeira, e como aplicar a tecnologia para ampliar a oferta de produtos qualificados aos colaboradores que têm acesso a nossa plataforma. Em outras palavras, o nosso desafio é trabalhar para nos consolidarmos cada vez mais nos diferentes mercados em que atuamos, abordar os novos e ganhar escala a um baixo custo, dentro da nossa proposta de valor.

Como funciona a parceria recente com a Fabrick e qual o objetivo?

D.L.: Para nós é fundamental incentivar iniciativas que empoderem o consumidor. Na Itália, diferentemente dos outros países, qualquer ente financeiro autorizado pode emprestar para qualquer funcionário de qualquer empresa.  Com a plataforma de open banking da Fabrick e a SalaryFits, que faz a gestão de benefícios consignados, estaremos na linha de frente com um modelo totalmente inovador no fornecimento de respostas ideais para diferentes necessidades de consumo e vamos promover a inclusão financeira de milhões de pessoas, com a evolução do conceito de crédito consignado.

Desta forma, os consumidores poderão ter acesso ao crédito consignado em apenas poucos dias e em um processo digital e sem fricção, com mais opções e controle sobre seus dados. Atualmente esse mesmo processo demora em torno de 4 semanas e a burocracia envolvida limita substancialmente as opções dos consumidores. Será, de fato, a primeira plataforma open banking para a oferta de produtos e serviços financeiros em consignação da Europa, e possivelmente do mundo.

Quais as vantagens de uma infraestrutura de APIs abertos? O que o mercado pode esperar?

D.L.: Com essa infraestrutura, as transações se tornarão mais ágeis, baratas, eficientes e seguras. Desta forma, as instituições financeiras poderão se comunicar com empregadores e empregados por meio de APIs do nosso sistema, e a partir daí viabilizamos operações em tempo real, que de outra forma demorariam semanas para serem concluídas.

Além disso, ao abrirmos esses APIs para qualquer ente com a devida autorização para operar (concedida pelo regulador italiano), estamos promovendo a democratização do acesso aos produtos e fornecedores, além de incentivar a competitividade.

Não há dúvida que os trabalhadores se beneficiarão de uma melhor cesta de produtos, com oferta mais simples, justa e democratizada.

O mercado brasileiro pode de alguma forma ficar de olho no mercado italiano visando inovações?

D.L.: Com certeza. O Banco Central já vem incentivando iniciativas de open banking no Brasil, além de várias outras iniciativas com foco em inovação, promoção de competitividade e melhores ofertas financeiras aos consumidores brasileiros.

Como enxerga o papel das fintechs no mercado brasileiro?

D.L.: As fintechs têm o papel fundamental de trazer ao mercado produtos e serviços financeiros mais justos, ao mesmo tempo que diminuem a burocracia. Seja por meio de oferta própria de produtos ou por oferecer infraestrutura para melhorar a oferta de produtos de outras instituições. Como o caso da Zetra, o grande foco é fazer com que o consumidor seja o principal beneficiado das ações das fintechs.

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