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Dinheirama entrevista: Leandro Morais, co-fundador da B2ML Sistemas

por Bruno Biscaia
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Dinheirama entrevista: Leandro Morais, co-fundador da B2ML SistemasA B2ML Sistemas é uma empresa especialista em soluções de cloud computing em Java que se desenvolveu dentro da INCIT – Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá. Decidimos entrevistar Leandro Morais, diretor da empresa, para falar sobre o processo de incubação e de formação de novas empresas, abordando questões que podem ajudar você e a sua empresa a dar o próximo passo em direção ao sucesso.

Se você desconhece o conceito de Incubadora de empresas, leia o artigo que já publicamos para entender o que é uma incubadora de empresas e qual a sua importância no cenário de desenvolvimento econômico nacional. Aproveite a leitura e sinta-se à vontade para fazer perguntas e criar uma discussão em torno deste tema em nosso espaço de comentários.

Leandro Morais é engenheiro da computação e mestre em engenharia de produção com ênfase em tecnologia pela Universidade Federal de Itajubá. É co-fundador e diretor de novos negócios da B2ML Sistemas, empresa graduada da INCIT. Faz parte do conselho diretor da Mútuos Inteligência em Compras e da Web-de-resultado, duas promissoras start-ups brasileiras. O premiado software de plano de negócios Empreenda é parte dos produtos da B2ML Sistemas.

Você é sócio de uma empresa que recebeu muitos prêmios durante o processo de incubação. Você acredita que se você e seus sócios tivessem iniciado a empresa sem o apoio da incubadora teriam alcançado o mesmo sucesso?

Leandro Morais (LM): Não acredito que a B2ML teria sucesso se não tivesse passado pelo processo de incubação. O que o público de fora vê são os prêmios, o crescimento, os novos clientes etc. Nós vemos isso, mas também os erros que tivemos, o aprendizado ao longo dos anos, entre outras coisas.

Sem a incubadora, nós teríamos quebrado no primeiro revés. O ambiente de incubação nos ajudou muito em um processo duríssimo de aprendizado com os erros, da tentativa e da experimentação. Tudo isso foi muito importante para ganharmos experiência e amadurecermos a nossa visão empreendedora.

A incubadora de empresas é um local de desenvolvimento de ideias, produtos, empresas, empreendedores etc. Olhando sob este ponto de vista, ela aparenta ser ideal para o desenvolvimento de todo e qualquer tipo de empreendimento. Isso é verdade? Qual a sua opinião sobre o assunto?

LM: Eu acredito que alguns negócios podem se desenvolver melhor com o processo de incubação do que outros. O perfil do empreendedor também afeta diretamente este aproveitamento. Empreendedores inexperientes, como nós éramos, cresce, ganham experiência e aprendem muito mais dentro de uma incubadora do que aqueles com mais prática. O que eu digo é que a incubadora acrescenta mais para os menos experientes e eu vejo isso como algo natural e alinhado com o papel dela.

Em termos de negócios é a mesma coisa: a incubadora ajuda no nascimento da empresa, mas também cobra o seu preço. Você precisa dar algumas contrapartidas, o tempo dela nem sempre é o tempo de mercado etc. Além disso, nem todas as incubadoras são para todo tipo de negócios. Pelo contrário, a maioria das incubadoras atende algumas linhas específicas como biotecnologia, design, tecnologia etc.

De acordo com a sua experiência pessoal na incubação de empresas, quais os pontos positivos de fazer parte desta organização? E quais são os pontos negativos, aqueles que atrapalham o empreendedor em seu dia-a-dia?

LM: A incubadora é um ambiente muito fértil. Se você souber extrair tudo que pode de lá, você consegue muita coisa positiva. No meu caso específico, eu aproveitei muito os cursos de gestão oferecidos pela incubadora, a infraestrutura fornecida, a rede de contatos, a participação em eventos e a visibilidade do programa de incubação de Itajubá.

Eu vejo como ponto negativo a questão do time. O mercado é mais veloz que a resposta da incubadora em algumas ocasiões. Acontece também que em alguns momentos temos que participar de alguns eventos de divulgação da incubadora que eu considero importantes e necessários, mas que acabam tirando o foco. Mas, os pontos positivos certamente são maiores que os negativos. Até porque se não fosse assim não existiria fila de empreendedores querendo participar do processo.

E quais são, em sua opinião, os fatores que mais influenciam na aprovação de uma empresa durante o processo seletivo de uma incubadora?

LM: Para uma empresa entrar numa incubadora como a INCIT, os empreendedores precisam ter boa capacidade técnica e perfil empreendedor. Além disso, o negócio tem que ser inovador e com um bom potencial de crescimento. Basicamente, a incubadora vai analisar se o produto é inovador e tem potencial de mercado e também se os empreendedores têm capacidade de executar o que está no plano de negócios.

Para quem você indica a inscrição em um processo seletivo como esse, para participar do processo de uma incubação de empresas?

LM: Eu indico a incubadora para jovens empreendedores com boas ideias, mas que ainda precisam se desenvolver em termos de gestão e mercado. A incubadora é uma escola. Se o empreendedor já é experiente e possui recursos e contatos desenvolvidos, o papel da incubadora diminui consideravelmente. Gosto muito desse modelo de incubadora que foca sua atuação em recém-formados e estudantes de pós-graduação. Esse público consegue tirar muito conhecimento e resultado de um processo de incubação.

É muito comum vermos, em incubadoras, empresas que buscam e necessitam de investimentos externos, como investimento anjo, venture capital (capital de risco) etc. A sua empresa também procurou por esse tipo de investimento? Qual a sua visão, e também de seus sócios, sobre esse tipo de investimento? Algum companheiro de incubadora recebeu esse aporte financeiro? Como foi a experiência?

LM: Os investidores são importantíssimos para o desenvolvimento de negócios inovadores. Eles funcionam muitas vezes como uma alavanca para o negócio, trazendo não só investimento, mas também conhecimento mercadológico e rede de contatos. Porém, o momento de passar por um aporte varia de empresa para empresa e algumas nem precisam.

No caso de fábricas de softwares como a nossa, os investimentos são mais comuns em uma fase mais consolidada do negócio. Por isso, ainda não buscamos investidores para a B2ML. Outras empresas incubadas e até a Mútuos e a Web de resultado, empresas de que faço parte do conselho diretor, têm, no momento, um perfil atual mais aderente a investidores externos.

Temos na incubadora alguns casos sim. O que dá para perceber é que o “negócio aportado” ganha outra dimensão e, geralmente, passa por uma boa revisão no modelo de negócios e também por um processo de profissionalização. Estou certo que os meus colegas empreendedores da INCIT estão satisfeitos com os novos sócios e eu torço muito para que eles tenham muito sucesso.

Leandro, acredito que tivemos uma conversa bastante enriquecedora. Muito obrigado pela disponibilidade e pela atenção de dividir sua experiência conosco.

LM: É sempre um prazer falar sobre a B2ML, empreendedorismo e inovação e uma honra conversar com o Dinheirama. Estou à disposição para novos bate-papos!

Crédito da foto: divulgação.

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