Montar uma rede que pudesse unir mulheres e proporcionar acolhimento no lugar de competição. Essa foi a ideia de Luciana Sato ao criar a Héstia, rede de contatos que, em pouco mais de 6 meses, já tem mais de 3.200 participantes cheias de histórias para contar, experiências profissionais e pessoais riquíssimas e dilemas comuns a serem divididos.
Por enquanto apenas no Facebook (e em breve com um site próprio), a rede é bastante movimentada e realiza eventos de peso entre as participantes. Entre alguns dos temas já trabalhados estão autoestima e estilo, deusas, coaching ontológico e auto-maquiagem, que contou, inclusive, com o apoio da Maybelline.
Luciana é formada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, tem pós-graduação em Administração pela FGV, e já passou por empresas como Editora Abril, Natura, Le Lis Blanc e DHL, além de ter experimentado o empreendedorismo através da Molécula Comunicação.
Há 3 anos está na Sodexo, empresa de benefícios, e, além disso, é esposa e mãe de dois filhos pequenos. Ufa, parece difícil arrumar tempo para cuidar bem de tudo, não?
Mas no papo que tivemos a seguir ela explica como é possível e fala da importância de se criar uma real conexão com as pessoas, algo que tem procurado fazer com afinco na Héstia. Confira!
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Nestes anos todos de experiência corporativa e uma passagem pelo empreendedorismo, qual importância teve o networking pra você?
Luciana Sato: O networking para mim sempre aconteceu de forma natural, quando já existe um contato pessoal e profissional e mantemos o relacionamento vivo.
Quando temos boas experiências pessoais ou profissionais com alguém, é natural que queiramos saber como esta pessoa está, o que tem feito etc. E se a entrega profissional for boa, também é natural que você recomende para alguém quando algum conhecido precisa de um fornecedor ou profissional.
Sou uma pessoa que se interessa pelas outras e isso faz com que eu consiga fazer ponte entre elas, pois procuro saber quais são os seus desafios. Assim, consigo conectar com alguém que geralmente possa ajudá-la a solucioná-los.
Mesmo trabalhando em empresa, tendo outros projetos e ainda a vida familiar, você conseguiu arrumar tempo para continuar mantendo sua rede de contatos funcionando, certo? E ainda se apoiou nela para a criação da Héstia. Teria alguma dica para dar?
L.S.: Sempre digo que em vez de dizer “Não tenho tempo”, é melhor dizer “Essa não é minha prioridade”. Quando algo é prioritário para você, você sempre encontra tempo.
Para eu manter meu networking vivo – e na verdade, prefiro a palavra relacionamentos –, negocio com meu marido para que pelo menos uma vez por semana eu saia à noite. Isso quer dizer que pelo menos uma vez por semana eu encontro meus amigos ou faço algo para mim. É meu dia inegociável. Sem culpa.
Lógico que não saio todos os dias, mesmo porque quero estar no dia a dia com ele e com meus filhos. Mas tenho um dia para mim e me organizo para manter os relacionamentos vivos nessa agenda de uma vez por semana.
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Com relação à rede Héstia, pode contar o objetivo de tê-la criado e como a importância dos relacionamentos se insere dentro dela?
L.S.: Criei a Rede Héstia porque sentia que precisava de espaço para ter mais acolhimento, mais cuidado com o feminino; não apenas o meu, mas também de outras mulheres.
Vejo que meu marido tem um grupo de moto, a que se dedica regularmente, assim como o meu chefe tem o cartola, para falar de futebol. E eu queria ter uma grande roda de amigas com quem pudesse falar das coisas mais essenciais, de alma. Debater nossas questões mais íntimas e nos apoiar, sem julgamento.
Quais os resultados obtidos até agora? Acredita que redes de nicho podem dar mais certo do que redes gerais, como o Dots, por exemplo? Ou o segredo da rede estar crescendo tanto e com tanta qualidade pode estar nos encontros presenciais?
L.S.: A Rede Héstia existe há pouco mais de 6 meses e contamos com mais de 3.200 participantes, bastante engajadas. Acredito que as redes de nicho acabam sendo mais relevantes por agregarem pessoas com interesses comuns e mais conteúdo relacionado a esses interesses.
Eu adoro os encontros presenciais porque acho que o olho no olho nos aproxima e nos conecta mais. Sempre saio mais nutrida, mais fortalecida e mais acolhida a cada encontro que realizamos.
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Quais os objetivos daqui para a frente para a rede?
L.S.: Temos o objetivo de continuar estimulando as mulheres a olharem mais para dentro de si, a refletirem sobre suas questões essenciais e acolherem outras mulheres, num grande círculo de autoempoderamento, conexão e transformação.
Para os próximos meses devemos estruturar um site onde organizaremos os conteúdos gerados pela rede, de forma que o acesso a esses conteúdos aconteça com mais facilidade. Também gostaria de trabalhar mais projetos com apoio das empresas que queiram levar esse tipo de conteúdo/experiência para o ambiente corporativo.
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Você é uma pessoa que costuma se relacionar rapidamente com outras e conectar pessoas com facilidade. Acredita que todo mundo pode melhorar essa capacidade de socializar? Poderia dar algumas dicas relacionadas?
L.S.: Acredito que para se conectar verdadeiramente a outras pessoas, é importante ter a escuta ativa, ou seja, ouvir com atenção, estando presente, e exercitando a empatia (se colocando no lugar do outro, com os sapatos do outro e não os seus) e acolhimento (com mais amor e menos julgamento). Assim o networking (ou o relacionamento), flui de forma natural!
Para encerrarmos, pode passar o contato para as mulheres que quiserem fazer parte da rede Héstia?
L.S.: O endereço do grupo no Facebook é www.facebook.com/groups/redehestia
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