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Dinheirama Entrevista: Renato Breia, Economista e Especialista em investimentos da Empiricus

por Ricardo Pereira
3 min leitura
Foto Renato

Os últimos meses foram economicamente preocupantes. A inflação cada vez mais alta, juros também altos dificultando às pessoas o acesso ao crédito somados ao grande número de pessoas que perderam o emprego, resultaram em muito pessimismo.

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Nesse cenário, o pequeno e médio investidor se sente cada vez mais ameaçado, sem saber onde alocar seu capital. O investimento mais popular do Brasil, a caderneta de poupança, nos últimos meses bateu recorde negativo, uma das razões é certamente o fato do brasileiro se ver obrigado a mexer no dinheiro guardado para manter o padrão de vida.

Convidei o economista Renato Breia, para uma entrevista onde abordamos todos esses desafios, do cenário econômico do Brasil, traçando algumas saídas para o investidor se proteger. O Renato, é formado em economia pela PUC-SP. Em 2005 iniciou sua experiência como analista de ações na Link Corretora. Desde então trabalhou em diversas áreas: mesa de operações, gestão de fundos, relações com investidores e como responsável pela seleção de fundos de terceiros. Hoje Renato é Especialista em Investimentos para o Criando Riqueza e responde também pela Consultoria Personalizada da Empiricus, parceira de conteúdo do Dinheirama. Confira!

A maioria dos economistas e consultores financeiros não considerava no atual cenário a caderneta de poupança como um bom investimento. Os recentes saldos negativos de captação da poupança mostram que as pessoas começaram a buscar outras alternativas?

Renato Breia: Em certo grau mostra a perda de atratividade relativa da poupança, especialmente em um cenário de alta da inflação e das taxas de juros (que puxam a rentabilidade de outras aplicações conservadoras, como títulos do Tesouro). Mas não apenas isso. Com inflação alta, aumento do desemprego e queda dos salários, o brasileiro está sacando suas reservas da poupança para fechar as contas do mês, e não está conseguindo repor esse dinheiro sacado. É um problema estrutural relevante.

Logo após a reeleição da Presidente Dilma Rousseff muito se falou sobre um possível confisco na poupança. O que de fato existe nessa história?

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R.B.: Até então nada. Trataram-se de rumores infundados e – até certo grau – absurdos na forma como foram disseminados. Isso é por vezes reiterado por nossa tese.

O confisco da poupança que nos referimos se dá pelo avanço da inflação e perda de atratividade relativa da poupança. Trata-se de uma imposição racional: sacar o dinheiro da poupança que, grosso modo, está corroendo o poder de compra do cidadão.

Quais serão as consequências para o mercado de imóveis se os saques na caderneta de poupança continuarem tão expressivos?

R.B.: A primeira consequência, imediata, já está acontecendo. Como os recursos da poupança são utilizados para o financiamento imobiliário, as fontes de recurso vão se esgotando e tornando mais difícil o acesso das pessoas a crédito para compra do imóvel. A Caixa e bancos privados já alteraram regras, tornando mais difícil o financiamento. Em segundo momento, isso representará redução na procura, nos preços dos imóveis, e consequentemente no patrimônio de famílias que possuem imóvel…

Como os pequenos e médios investidores podem se defender do atual cenário econômico de crise? Vocês prepararam algum material especial sobre o tema?

R.B.: Sim, há duas questões extremamente relevantes que precisam ser cuidadas desde já: uma atrelada a baixa atratividade relativa da poupança, outra à questão dos imóveis. Os dois pilares patrimoniais do brasileiro estão em rota de colisão, e objetivo dessa tese (e do conteúdo em questão) é justamente endereçar o problema sobre essas duas óticas.

Quem está com o dinheiro ainda aplicado na caderneta de poupança, qual caminho deve escolher?

R.B.: Há uma infinidade de aplicações com perfil de risco similar (senão melhor) do que a poupança, também com liquidez diária, oferecendo retorno substancialmente superior. No material listamos algumas delas, que podem variar desde títulos do Tesouro, a fundos DI oferecidos pelos bancos comerciais.

Renato, muito obrigado pela entrevista. Por favor registre uma mensagem final para os leitores do Dinheirama que acompanham seu trabalho e querem saber um pouco mais sobre a plataforma “Criando Riqueza”.

R.B.: Agradeço a oportunidade e convido todos a lerem o material explicativo. Temos uma questão relevante em curso, evidente pelo ritmo crescente de saques da poupança, que não pode ser simplesmente ignorada. Espero de alguma forma contribuir a este debate.

Nota: Esta coluna é mantida pela Empiricus, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

Foto: Arquivo.

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