Que tal ser recompensado financeiramente pela indicação de clientes? Esta é a proposta da Mobdiq, plataforma que revoluciona os processos tradicionais de compra e venda ao transformar pessoas comuns em agentes comerciais. A ideia foi de Rodrigo Caixeta, CEO da empresa. Ele, que é Bacharel e Mestre em Ciências das computação, trabalhou em grandes empresas de software em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos últimos anos, Rodrigo foi do conselho diretor e co-founder da Smartia Seguros, Active Sales e da WDEV – We Develop for Insurance.
A seguir, confira a entrevista que ele deu para o Dinheirama a respeito de sua trajetória no empreendedorismo e também sobre a Mobdiq.
O que são dividendos? Como escolher ações que pagam dividendos?
Como começou sua história no empreendedorismo? Acredita que empreender é para todos?
Rodrigo Caixeta: Em 2008, saí do meu emprego de arquiteto de software e fundei, junto com outro sócio, nossa primeira startup de tecnologia, a WDEV. No fim do ano passado, esta empresa já faturava R$50 milhões e foi incorporada pela Ebix Latin America, uma gigante americana de software listada na NASDAQ.
Ainda neste período, também fundamos outras startups: a SMARTIA (pioneira no Brasil ao proporcionar uma experiência online de cotação em várias seguradoras do ramo de automóveis), a ACTIVE SALES (empresa especializada em vendas ativas, que oferece serviços de suporte operacional, soluções escaláveis e reformulação dos ciclos de venda para qualificar leads e maximizar resultados) e a MOBDIQ (plataforma de marketing de influência).
Como surgiu a ideia da Mobdiq? Pode falar um pouco mais sobre a empresa?
R.C.: Enquanto eu trabalhava na empresa SMARTIA, me deparei com meu maior desafio para fazer a empresa crescer: Como atrair potenciais clientes para nosso site. Percebi neste momento que o jogo era totalmente controlado pelo Google e pelo Facebook. Não existia outra forma de atrair tráfego, somente marketing digital. Então, resolvemos criar nossas próprias fontes de leads de seguro, para não depender do Google.
Fizemos várias tentativas para criar canais de originação de negócios, e um deles deu muito certo. Criamos uma plataforma de software que rodava em concessionárias e revendas de carro. Nele, o vendedor do carro gerava indicações de negócio de seguro auto para a SMARTIA. Caso a venda fosse concretizada, o vendedor ganharia uma comissão. Os resultados foram muito bons. Enquanto os leads vindos do Google Adwords tinham uma taxa de conversão de 4%, os leads vindos do nosso programa de indicação tinham uma taxa de conversão de 30%. Este era o caminho.
Assim resolvemos criar um aplicativo onde qualquer pessoa poderia indicar um negócio de seguro de carro e ganhar comissão caso a venda fosse realizada. Porém, no meio do desenvolvimento do projeto, vimos que isso era muito maior que apenas o segmento de seguros. Foi então que nasceu a MOBDIQ (cujo significado é MOBilidade + INDIQue).
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Teria como citar alguns cases interessantes? Que tipo de influenciadores estão na plataforma?
R.C.: São vários tipos de influenciadores na nossa plataforma. Vou dar alguns exemplos: Os hunters são usuários que se dedicam realmente a indicar negócios quentes. Usam o app todos os dias e possuem uma ótima taxa de conversão. Já os Crossellers são usuários que já trabalham com vendas e possuem algum balcão de negócios.
Eles usam o app para complementar o serviço através de crosselling. Por exemplo, um vendedor de carro que usa a MOBDIQ para indicar seguros de carro ou um arquiteto ou engenheiro elétrico, que usa a MOBDIQ para indicar soluções de energia solar para seus clientes, entre vários outros cases legais.
Também há os Members, usuários que já consumiram o produto e estão dispostos a indicá-lo para sua rede de influência, e os Micro-Influencers digitais, que são usuários que possuem alguma audiência nas mídias sociais e estão dispostos a criar conteúdo publicitário para remunerar esta audiência. Além disso, também há as Fit-celebridades, que são celebridades com mais de 1000 seguidores que possuem algum fit com algum parceiro ou produto da Mobdiq, e os Casuais, que baixam o app por curiosidade e fazem indicações vez ou outra.
Como é o processo de inovação na Mobdiq?
R.C.: Observamos o tempo todo para manter o processo de inovação. Observamos o ambiente de negócios, do mercado, dos concorrentes, dos parceiros e, principalmente, dos indicadoes internos. Só assim temos a capacidade de ter novas ideias. Para estar um passo a frente, a metodologia que utilizamos se concentra em três pilares, que nós chamamos de “santíssima trindade de gestão” de uma startup: 1) Foco: nos dias de hoje, manter o foco é uma das disciplinas mais difíceis.
Porém, é também uma das mais importantes; 2) Resiliência: Ter resiliência significa receber uma notícia ruim e não deixar que ela prejudique o julgamento da situação. Significa sempre manter o ânimo e procurar alternativas para contornar o problema. Keep walking, sempre; e 3) Pragmatismo: ser pragmático é ser prático, realista. Na Mobdiq, consideramos o valor prático como critério da verdade. Não queremos “achismos”, só vale o que for testado e medido. O resto são apenas hipóteses.
Do ponto de vista de quem participa, como é a remuneração? Dá para ganhar até quanto? Ou pelo menos poderia dar algum exemplo?
R.C.: A remuneração é bem simples: você indica e, se a indicação se transforma em venda, o dinheiro cai em sua conta corrente, sem burocracia. Os valores de remuneração variam bastante, eles estão todos listados no APP, de acordo com cada produto/serviço listado. Mas temos produtos para grupos exclusivos que pagam até R$ 15.000,00 por negócio fechado, por exemplo. O grupo exclusivo é uma funcionalidade que disponibilizamos para nossos parceiros anunciantes oferecerem comissões diferenciadas para grupos de afinidade específicos.
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Acredita que a questão do viral é algo dos tempos atuais ou sempre houve e a internet só tornou mais fácil o marketing boca a boca?
R.C.: O marketing boca-a-boca sempre existiu. O desafio agora é torná-lo automatizado, permitindo que empresas utilizem a influência de determinadas pessoas para fazer advertising e gerar mais negócios. Mark Zuckerberg disse: “Pessoas influenciam pessoas. Nada é mais influente que uma recomendação de alguém de confiança. Essa fonte confiável pode influenciar uma pessoa mais do que qualquer tipo de mensagem em qualquer meio tradicional. Um influenciador é o “santo graal da publicidade”. Estamos em busca deste santo graal.
Como as marcas podem aproveitar os influenciadores da melhor forma?
R.C.: As marcas precisam entender que não é só disponibilizar o anúncio no marketplace da MOBDIQ e pronto, que as vendas instantâneas acontecem. Elas precisam, primeiramente, convencer os influenciadores que seu produto tem algo diferente, que seu produto é melhor.
Essa é a primeira parte. A segunda parte: as empresas precisam oferecer algo especial para quem adquirir o produto por este canal, uma oferta exclusiva: um desconto, um brinde, um sorteio, etc. Chamamos isso de componente WIN/WIN (todos ganham). A terceira parte, e talvez a mais importante, é a capacitação destes influenciadores. A empresa precisa fornecer material de treinamento para ajudar os influenciadores a indicar seus produtos.
Ela precisa explicar com detalhes as características do seu produto, detalhar qual o público-alvo, explicar como os influenciadores devem abordar os clientes, como eles devem criar conteúdos digitais para engajar as pessoas antes de indicar, etc. Para isso, a MOBDIQ está criando um programa chamado SALES ACADEMY, onde os anunciantes poderão capacitar seus influenciadores, para que eles possam gerar mais negócios.
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O que pensa para a Mobdqiq em alguns anos?
R.C.: Acho que é interessante comentar que não vemos a MOBDIQ sendo usada por milhões de pessoas, mas sim pelos melhores influenciadores (que geram os melhores leads para as empresas). Nossa grande aposta para o futuro é a criação de um modelo de GAMING para os influenciadores. Estamos percebendo que muitos usuários estão evoluindo rapidamente na plataforma, e queremos criar mais incentivos para que eles possam cada vez mais ganhar dinheiro conosco.