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Diretor do ONS diz que não há como culpar fontes de energia ou agentes por apagão

Luiz Carlos Ciocchi participa de audiência pública na Câmara. Problema deixou cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia no último dia 15

por Reuters
3 min leitura
Energia Elétrica

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse que não há como atribuir culpa pelo apagão ocorrido no Brasil neste mês a fontes de geração de energia ou a agentes do setor elétrico.

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Em reunião na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, Ciocchi afirmou ainda que não houve “falha de informações” prestadas por agentes sobre o desempenho técnico de equipamentos que teriam contribuído para o apagão.

Em relatório divulgado na noite de sexta-feira, o órgão já havia apontado que, além da falha em uma linha de transmissão da Chesf no Ceará, os reguladores de tensão de parques de geração próximos à linha não funcionaram conforme esperado.

Esses eventos, juntos, levaram à perda de mais de 22 gigawatts (GW) de carga em 15 de agosto, afetando o fornecimento de energia elétrica em praticamente todo o país.

Em seu último reporte, o ONS apontava que as informações passadas pelos geradores na entrada em operação das usinas no Ceará eram “diferentes” do desempenho apresentado em campo.

Nesta terça-feira, Ciocchi disse não culpar os agentes por um erro de informações técnicas. Segundo ele, o que ocorreu foi que, quando entraram em funcionamento, os equipamentos não apresentaram o desempenho exigido.

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“Não é que eles nos informaram errado, é que na realidade as coisas estão acontecendo de forma diferente. Há que avaliar, são diferentes fornecedores, diferentes fabricantes, diferentes localizações, diferentes configurações desses equipamentos”.

Também presente na reunião com deputados, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a dizer que o apagão ocorrido neste mês não esteve relacionado a um problema de falta de suprimento de energia.

“Nós sabemos e vamos impedir novos apagões no Brasil por falta de planejamento. Nós não deixaremos que o Brasil chegue ao ponto que chegou há dois anos”, afirmou o ministro, ao comentar sobre a crise hídrica de 2021 que prejudicou a geração hidrelétrica e trouxe riscos de racionamento ao país.

Silveira afirmou ainda aos deputados que o governo vai enviar um projeto para “mexer com as bases” do setor elétrico, em referência à proposta de um novo marco regulatório para reduzir o ônus ao consumidor de energia do mercado regulado.

Ele não comentou, porém, sobre prazos para encaminhamento do projeto pelo governo.

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