Quando falamos em diversificação de carteira, muitas pessoas pensam automaticamente na redução de riscos. Essa é, sem dúvida, uma das vantagens, mas, se você está focado apenas em proteger seu capital, pode estar deixando passar uma grande oportunidade.
Diversificar vai além de simplesmente espalhar recursos em diferentes ativos para evitar a volatilidade. Uma diversificação estratégica pode ser o verdadeiro motor de crescimento e multiplicação do seu patrimônio, com a escolha cuidadosa de ativos de alto potencial de rentabilidade — apesar de serem menos conhecidos e divulgados.
Essa abordagem sobre a diversificação não é exatamente nova, mas por muito tempo ficou restrita a poucos participantes do mercado que, por algum motivo, tinham acesso às melhores oportunidades. A tecnologia, no entanto, está mudando esse jogo, permitindo a redução da intermediação — o que possibilita tanto um acesso mais amplo a ativos alternativos quanto uma rentabilidade ainda mais elevada.
O exemplo dos precatórios
Historicamente, os precatórios têm sido vistos como ativos de baixa liquidez. Há aí um problema de origem: os players tradicionais os classificam como “special situations”, uma categoria de investimentos complexos e, portanto, restritos a poucos.
Ainda assim, precatórios se tornaram peça-chave para investidores que entendem a dinâmica do mercado. Grandes fundos internacionais, ligados a grandes bancos americanos e europeus, já exploram o mercado de precatórios no Brasil, reconhecendo o potencial desses ativos para gerar retornos expressivos.
Sou um entusiasta da democratização do acesso a esses ativos. Trazer mais dinamismo a esse mercado terá impactos diretos tanto na liquidez quanto na rentabilidade. Afinal, estamos falando de investimentos com alto potencial de retorno para toda a sociedade, e não apenas para os gigantes do mercado.
Intermediação: o que eles querem que você não sabia
Em muitos casos, os custos da intermediação são negligenciados ou vistos como algo natural no mercado. Quando você investe por meio de grandes bancos ou corretoras, geralmente está lidando com uma longa cadeia de intermediários, cada um sendo remunerado com uma parte da sua rentabilidade. Embora essa estrutura tenha sua importância em certos contextos, para o investidor que deseja maximizar seus ganhos, desintermediar — ou seja, reduzir ao máximo a presença de quem não agrega valor ao investimento — é fundamental.
No caso dos ativos judiciais, onde atuo mais diretamente, as oportunidades de alta margem de ganho, quando diluídas ao longo dessa cadeia de intermediação, resultam em retornos bem mais modestos para os investidores finais. É por isso que sou um entusiasta das alternativas que viabilizem essa desintermediação e abrem o mercado para um número crescente de pessoas.
A tecnologia e o futuro da diversificação
Se hoje podemos falar em desintermediação de forma mais democrática, devemos isso, em grande parte, ao avanço tecnológico. Tomando novamente os ativos judiciais como exemplo: ao transformar precatórios em tokens digitais, estamos abrindo o acesso a esse mercado, permitindo que investidores de todos os perfis — dos grandes gestores aos pequenos investidores — possam participar.
Com a tokenização, aliada à segurança do blockchain, conseguimos reduzir as camadas intermediárias e possibilitar investimentos a partir de valores menores, sem comprometer a segurança. Isso não apenas amplia as opções para diversificação, mas também oferece a chance de capturar retornos maiores em ativos antes reservados a uma elite financeira.
Diversifique, mas com visão estratégica
Ao construir sua carteira, lembre-se: diversificar não é apenas proteger seu capital contra riscos. É também explorar novas fronteiras de rentabilidade. Em um mundo onde a tecnologia está transformando a maneira como investimos, a desintermediação surge como uma poderosa ferramenta para quem quer mais do que apenas preservar — ela é o caminho para multiplicar.
Então, ao pensar em diversificação, pergunte-se: estou considerando todas as oportunidades ou ainda existem ativos fora do radar do investidor comum? E, mais importante, os intermediários envolvidos nas minhas decisões de investimento estão realmente gerando valor ou seria melhor buscar opções mais diretas?
Ao encontrar essas respostas, você estará pronto para transformar sua diversificação em uma verdadeira estratégia de crescimento.