A dívida bruta do Brasil subiu mais do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado apresentou déficit primário maior que a expectativa, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou maio em 76,8%, contra 76,3% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,2%, de 61,5%.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,4% para a dívida bruta e de 61,9% para a líquida.
O aumento da dívida bruta no mês decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), das emissões líquidas (+0,1 p.p.), do reconhecimento de dívida (+0,1 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).
Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 63,895 bilhões de reais, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 58,0 bilhões de reais. Em maio de 2023, houve déficit de 50,172 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 60,778 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo de 1,078 bilhões de reais e as estatais tiveram déficit de 2,039 bilhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.