A dívida bruta do Brasil registrou aumento em março, mas ainda ficou abaixo do esperado, enquanto o setor público consolidado brasileiro contrariou as expectativas e apresentou superávit primário, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou março em 75,7%, contra 75,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 60,9%.
É o maior patamar em dois anos, quando a dívida bruta estava em 76,3%. Naquele mês, em abril de 2022, encerrava-se a pandemia do coronavírus no Brasil. A dívida chegou a um pico de 87,6% em dezembro de 2020.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 75,8% para a dívida bruta e de 61,3% para a líquida.
Em março, o setor público consolidado registrou um superávit primário de 1,177 bilhão de reais, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 1,55 bilhão de reais.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 1,898 bilhão de reais, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de 3,418 bilhões de reais e as estatais tiveram saldo negativo de 343 milhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.