O Bradesco BBI reafirmou a recomendação neutra para as ações da Copasa (CSMG3), destacando que, embora a taxa interna de retorno (TIR) real de 13,6% seja competitiva, o potencial de ganhos está equilibrado frente aos riscos. A empresa segue como uma boa opção de curto prazo para investidores focados em dividendos, com rendimento esperado de 10,6% em 2025. O preço-alvo foi elevado de R$ 20 para R$ 25, refletindo novos cenários macroeconômicos.
Sob a gestão do governo do governador Romeu Zema, a Copasa registrou melhorias operacionais e avanços regulatórios. No entanto, a privatização da companhia ainda enfrenta desafios, devido à complexidade da coordenação política em Minas Gerais. Para os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França, uma Copasa privatizada poderia adicionar entre 55% e 78% de valor, dependendo de melhorias regulatórias e compressão de TIR.
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Apesar das incertezas regulatórias, o Bradesco BBI avalia que o pagamento extra de dividendos com excesso de capital acumulado manterá a atratividade no curto prazo. Entretanto, o rendimento deve cair para 7,1% em 2026 e 7,4% em 2027, acompanhando a revisão tarifária prevista para dezembro de 2025.
Tópicos sobre a análise das ações da Copasa
• A TIR real competitiva posiciona a Copasa como uma opção estável. Com uma taxa de 13,6%, a Copasa supera empresas como Sabesp e Copel, mas o Bradesco BBI destaca que os ganhos já estão precificados, justificando a recomendação neutra.
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• Potencial de privatização aumenta o atrativo. Caso privatizada, a Copasa poderia valer entre 1,0x e 1,1x EV/RAB, representando um aumento de 55% a 78%. “A privatização depende de avanços regulatórios e melhor coordenação política”, ressaltam os analistas.
• Melhoria operacional sob o governo Zema. Avanços recentes incluem maior eficiência e expectativas de regulações favoráveis, como o aumento do WACC regulatório para 9,15%.
• Projeção de dividendos robustos em 2025. O rendimento estimado é de 10,6%, impulsionado pelo payout de 50% e distribuição de excesso de capital, embora haja previsão de queda nos anos seguintes.
• Revisão tarifária deve impactar Ebitda e lucros. A revisão prevista para 2025 trará ajustes que podem reduzir a geração de caixa e, consequentemente, a capacidade de distribuição de dividendos.
• Preço-alvo revisado reflete condições macroeconômicas. O novo valor de R$ 25,00 incorpora expectativas de melhora no setor, mas não considera impactos positivos do capex na Base de Ativos Regulatórios.
• Incertezas regulatórias limitam otimismo. O Bradesco BBI destaca a falta de detalhes sobre atualizações anuais no capex, que poderiam adicionar 6% a 10% no Valor Presente Líquido da companhia.