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Dólar à vista fecha em alta ante real sob influência do exterior

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro

por Reuters
3 min leitura
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9045 reais na venda, com alta de 0,42%. Na semana, a moeda à vista acumulou alta de 0,61% (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar (USDBLR) à vista encerrou a sexta-feira em alta ante o real, em um dia em que as cotações oscilaram em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana reagiu à divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos que reforçaram a leitura de que o Federal Reserve pode ter que subir mais os juros em 2023.

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O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9045 reais na venda, com alta de 0,42%. Na semana, a moeda à vista acumulou alta de 0,61%.

Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a 4,9265 reais.

Na abertura dos mercados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,12% em julho, após baixa de 0,08% no mês anterior.

Apesar da aceleração do índice cheio, a inflação de serviços, acompanhada de perto pelo Banco Central, desacelerou a alta a 0,25% em julho, depois de subir 0,62% em junho.

Pouco depois da divulgação do IPCA, às 9h04, o dólar à vista marcou a mínima de 4,8616 reais (-0,46%), mas na sequência a divisa se reaproximou da estabilidade.

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Às 9h30, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,3% em julho, ante variação zero do mês anterior. Nos 12 meses até julho, os preços ao produtor aumentaram 0,8%, após alta de 0,2% em junho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2% no mês e de 0,7% na comparação anual.

Após a divulgação dos números, que indicaram inflação ao produtor ligeiramente acima do esperado pelo mercado, o dólar ganhou força ante uma cesta de moedas fortes no exterior e ante boa parte das divisas de países exportadores de commodities ou emergentes. Por trás do movimento estava a percepção de que, com a inflação ainda acelerada, o Federal Reserve pode ser levado a subir os juros nos EUA mais uma vez este ano.

Com isso, no Brasil o dólar à vista escalou até a máxima de 4,9090 reais (+0,51%) às 10h19, mas novamente se reaproximou da estabilidade posteriormente.

No mercado futuro o mais líquido no Brasil e, no limite, o que define as cotações do segmento à vista o dólar para setembro se mantinha muito próximo da estabilidade, com os agentes pouco alterando suas posições ao longo do dia.

“O pessoal quer ver as cenas dos próximos capítulos para se posicionar novamente”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Como o CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA, divulgado na quinta-feira) veio em linha com o esperado, os investidores travaram posições neste momento”, acrescentou.

Durante a sessão, os investidores também acompanharam declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em dois eventos. Em um deles, Campos Neto reforçou que o BC está olhando “com bastante atenção” a inflação de serviços e que o núcleo de serviços ainda está bem acima da meta. Ao mesmo tempo, reconheceu que o número do IPCA divulgado nesta sexta-feira na parte de serviços foi “um pouco melhor”.

Às 17:12 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,21%, a 102,860.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.

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