O dólar (USDBLR) à vista oscilou em margens estreitas nesta quarta-feira, entre altas e baixas, para encerrar o dia com leves ganhos ante o real, com investidores ponderando dados da economia da China pela manhã e aguardando a divulgação de novos números de inflação nos EUA na quinta-feira.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9065 reais na venda, com alta de 0,17%.
Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,04%, a 4,9250 reais.
Antes da abertura dos negócios no Brasil, o Escritório Nacional de Estatísticas informou que o índice de preços ao consumidor da China caiu 0,3% em julho na comparação anual, ante previsão de queda de 0,4% em pesquisa da Reuters. Foi o primeiro recuo desde fevereiro de 2021. Já o índice de preços ao produtor cedeu pelo 10º mês consecutivo, caindo 4,4%, contra projeção de baixa de 4,1%.
A deflação lança dúvidas sobre o crescimento da China, importante comprador global de commodities, o que em tese traz pressão de baixa para as moedas de países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
No exterior, no entanto, existia a leitura de que a deflação na China pode levar Pequim a adotar mais medidas de estímulo à economia, o que favorecia a busca dos investidores por ativos de maior risco pela manhã.
Assim, o dólar cedia ante boa parte das divisas de países exportadores de commodities e emergentes, além de registrar leves perdas ante uma cesta de moedas fortes.
No Brasil, o dólar à vista chegou a marcar a mínima de 4,8747 reais (-0,48%) às 9h37, mas o movimento perdeu força, com a moeda norte-americana se reaproximando da estabilidade.
No início da tarde, a divisa dos EUA oscilava no território positivo, mas também sem fôlego para ganhos maiores. Operador ouvido pela Reuters afirmou que o mercado estava “vazio” durante a tarde e que, por isso, negociações com volumes menores já foram capazes de conduzir as cotações para o campo positivo.
Na máxima da sessão, às 15h12, o dólar à vista foi cotado a 4,9172 reais (+0,39%). Da mínima de mais cedo para esta máxima, a moeda oscilou apenas 0,87%, numa indicação de que os negócios se desenrolaram em margens estreitas.
No exterior, o dólar registrava leve queda ante divisas fortes no fim da tarde e também cedia ante boa parte das divisas de países emergentes ou exportadores de commodities.
Às 17:13 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,02%, a 102,500.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.