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Dólar sobe no Brasil após decepção com corte de juros pela China

Na B3, às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a 4,9900 reais

por Reuters
3 min leitura
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9792 reais na venda, com alta de 0,26% (Imagem: Reprodução/Freepik/@8photo)

O dólar (USDBLR) à vista voltou a subir nesta segunda-feira ante o real, em dia marcado por nova decepção com a condução da economia chinesa, que penalizou algumas moedas de exportadores de commodities, e pela expectativa com a participação na próxima sexta-feira do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, nos EUA.

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O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9792 reais na venda, com alta de 0,26%.

Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,13%, a 4,9915 reais.

No início da sessão, o dólar chegou a oscilar no território negativo no Brasil, em um momento em que as cotações do petróleo sustentavam ganhos firmes no exterior. Na mínima, às 9h07, a moeda à vista foi cotada a 4,9572 reais (-0,19%).

Mas rapidamente o dólar se reaproximou da estabilidade e migrou para o positivo, também reagindo ao noticiário externo. Além de o petróleo ter perdido força, as cotações refletiam decepção com a política monetária chinesa.

O gigante asiático surpreendeu os investidores globais com corte de juros menor que o esperado. A taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) foi reduzido em 10 pontos base, para 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos ficou em 4,20%.

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Em uma pesquisa da Reuters com 35 observadores do mercado, todos os participantes previam cortes em ambas as taxas. O corte de 10 pontos na taxa de um ano foi menor que os 15 pontos esperados pela maioria dos profissionais ouvidos.

Neste contexto de dúvidas sobre a recuperação da economia chinesa, algumas moedas ligadas a commodities — como o real — foram novamente penalizadas. O dólar à vista atingiu a cotação máxima de 4,9975 reais (+0,62%) às 11h33.

Apesar do impulso vindo de fora, o dólar não se distanciava tanto do nível de fechamento da sessão anterior.

“A China reduziu juros, mas o mercado acredita que não foi na intensidade que deveria. Isso trouxe um mau humor para os negócios, que fez o dólar subir, mas nada de excepcional”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

“A margem (de oscilação) foi estreita, com os investidores também aguardando o principal evento da semana, o simpósio de Jackson Hole”, acrescentou.

Promovido anualmente pelo Federal Reserve, o evento em Jackson Hole, no estado de Wyoming, terá na sexta-feira participação do chair do Fed, Jerome Powell.

“A expectativa de que ele volte a falar de novas altas de juros nos EUA acaba incomodando o mercado. Este é um ponto que contribui para a alta do dólar hoje (segunda-feira)”, pontuou Cristiane Quartaroli economista do Banco Ourinvest.

No exterior, no fim da tarde o dólar se mantinha em leve queda ante divisas fortes e tinha sinais mistos ante as demais moedas.

Às 17:10 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,04%, a 103,350.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.

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