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Dólar à vista fecha em queda de 1,44%, a R$ 5,65 na venda

Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,17%, a 5,6690 reais na venda

por Reuters
3 min leitura
Dólar

Após um salto nas sessões mais recentes, o dólar (USDBRL) encerrou a terça-feira em queda firme ante o real, abaixo dos 5,70 reais, com as cotações refletindo o ambiente de menor estresse nos mercados globais e a ata do último encontro do Copom, com indicações de que a Selic pode subir no curto prazo se necessário.

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Depois de encerrar a segunda-feira no maior valor desde 20 de janeiro de 2021, o dólar à vista fechou a terça-feira em queda de 1,44%, cotado a 5,6588 reais. Em agosto, a moeda norte-americana passou a acumular alta de apenas 0,05%.

Às 17h20, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,14%, a 5,6705 reais na venda.

Na segunda-feira o dólar à vista chegou a oscilar acima dos 5,86 reais durante o dia, em meio a receios de que os EUA possam entrar em recessão rapidamente.

Nesta terça os mercados globais operaram com a percepção de que houve certo exagero na leitura da véspera, o que favoreceu a queda do dólar ante boa parte das divisas de emergentes, incluindo o real.

Internamente, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada pela manhã, contribuiu para o movimento de queda do dólar ante o real, ao sugerir chances maiores de a taxa básica Selic subir no curto prazo para segurar a inflação algo que, em tese, favorece a moeda brasileira.

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Na ata, o BC indicou que não hesitará em elevar a Selic para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado.

“O Comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; de outro lado, o Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, registrou o documento.

A mensagem foi considerada por parte do mercado como hawkish (dura) e, em reação, a curva de juros brasileira passou a precificar chances majoritárias de o Copom elevar em 25 pontos-base a Selic já em sua reunião de setembro.

(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

“A ata do Copom veio com tom mais hawkish, com todos os diretores em unanimidade mantendo a Selic em 10,50% e deixando claro que, diante do cenário externo e da inflação futura, eventualmente uma alta dos juros não seria impossível de acontecer”, pontuou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

A possibilidade de juros mais baixos nos EUA e mais altos no Brasil no curto prazo algo que torna o mercado brasileiro mais atrativo ao capital internacional fez o dólar ceder ante o real durante todo o dia.

A moeda norte-americana à vista oscilou da cotação máxima da sessão de 5,7241 reais (-0,30%) às 9h01, logo após a abertura, para a mínima de 5,6315 reais (-1,91%) às 13h05.

“O dólar também subiu muito forte nos últimos dias. Então é natural haver uma realização de lucros e que exportadores entrem forte no mercado (vendendo a moeda norte-americana)”, acrescentou Izac.

No exterior, no fim da tarde o dólar tinha leve alta ante seus pares fortes, mas cedia ante outras divisas de emergentes, como o peso chileno e o peso colombiano. O real era a moeda que mais se valorizava globalmente ante o dólar.

Às 17h18, o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes subia 0,09%, a 102,960.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.

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