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Dólar atinge maior valor desde outubro após inflação acima do esperado nos EUA

Às 17h17, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,35%, a 5,0865 reais na venda

por Reuters
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(Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)

 O dólar (USDBRL) à vista fechou a quarta-feira com forte alta ante o real, no maior patamar desde outubro do ano passado, com as cotações reagindo aos dados ruins de inflação nos EUA, que ampliaram as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros apenas depois de junho.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0786 reais na venda, em alta de 1,44%. Foi o maior valor de fechamento desde 13 de outubro de 2023, quando a divisa dos EUA encerrou a 5,0888 reais. Em abril, a divisa acumula elevação de 1,26%.

Às 17h17, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,35%, a 5,0865 reais na venda.

No início da sessão o dólar à vista chegou a oscilar no território negativo, com investidores à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Às 9h01, a moeda norte-americana marcou a mínima de 4,9976 reais (-0,18%).

Quando os dados norte-americanos saíram, às 9h30, o cenário mudou. O Departamento do Trabalho informou que o CPI aumentou 0,4% em março, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro.

Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%, após alta de 3,2% em fevereiro. Os resultados foram piores que os esperados pelos economistas consultados pela Reuters, que previam alta de 0,3% no mês e de 3,4% na base anual.

Em reação, os rendimentos dos Treasuries dispararam nos EUA, puxando também a curva de juros brasileira, e o dólar passou a registrar fortes ganhos ante as demais moedas globais.

(Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)
(Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)

Por trás do movimento estava a percepção de que, com a inflação elevada nos EUA, o Fed não cortará juros em maio ou em junho, o que reduz o diferencial de juros entre o Brasil e o exterior. Na prática, o país se torna menos atrativo ao capital internacional, o que penaliza o real.

No pior momento do dia, às 14h44, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,0866 reais (+1,60%).

O movimento esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também disparava ante divisas como o dólar australiano, o rand sul-africano e o peso chileno, na esteira da forte abertura da curva de juros norte-americana.

Às 17h15, o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 1,04%, a 105,170.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho.

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