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Dólar avança 0,47% nesta sexta-feira

Na B3, às 11:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a 4,8990 reais

por Reuters
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(Imagem: Reprodução/Freepik/@freepik)

Após ter oscilado no território negativo na abertura, o dólar (USDBLR) à vista virou para o positivo nesta manhã no Brasil, com importadores e outros agentes do mercado aproveitando as cotações mais baixas para comprar a moeda norte-americana.

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Às 11:17 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,47%, a 4,8933 reais na venda.

Na B3, às 11:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a 4,8990 reais.

A alta do dólar ante o real no fim da manhã contrastava com o cenário visto no exterior, onde a divisa dos EUA se mantinha em baixa ante a maior parte das divisas de países emergentes e exportadores de commodities.

Profissional ouvido pela Reuters afirmou que, com o dólar à vista perto dos 4,85 reais, importadores foram às compras, assim como players interessados na aquisição de moeda antes do fim do ano. Tradicionalmente, o mês de dezembro é marcado por remessas de divisas ao exterior por parte de fundos e multinacionais, o que eleva a demanda por dólar.

No exterior, a tendência mais geral para o dólar ainda era de baixa, embora a divisa dos EUA também tivesse recuperado algum fôlego ante moedas como o peso chileno e o peso mexicano.

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Por trás do viés de baixa para o dólar estava a percepção de que, em função dos números mais recentes de inflação e atividade, o Federal Reserve tende a não elevar mais os juros no curto prazo.

“A bateria de dados inflacionários e de atividade em economias-chave segue amparando apostas cada vez mais seguras de que o fim de ciclo teria chegado nos EUA, bem como alimentando apostas em ritmo de corte (de juros) mais agressivas do que o vislumbrado no passado recente para os próximos anos”, ponderou a equipe da Commcor DTVM em boletim enviado pela manhã a clientes.

No Brasil, o dado de maior interesse pela manhã foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que recuou 0,06% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo número dessazonalizado. A leitura do mês foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,20%, e marcou o segundo mês seguido no vermelho.

O índice, considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apontou contração de 0,64% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, e mostrou perda de força ao longo do ano, depois de ter avançado 2,39% no primeiro trimestre e 0,75% no segundo.

Neste contexto, as taxas dos contratos de DIs (Depósitos Interfinanceiros) passavam por mais uma sessão de queda no Brasil.

Já o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, disse mais cedo nesta sexta-feira que os impactos de choques fiscais na inflação são persistentes e que, quando a dívida é maior, esse impacto também é majorado.

“Quando você dá um choque no resultado nominal ou quando você dá um choque no resultado primário… tem um impacto sobre a inflação para cada 1%-0,5% (de impacto fiscal), e no ‘core inflation’ (núcleo da inflação) é até mais persistente”, disse Guillen em seminário organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), citando em sua apresentação dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os comentários de Guillen não tiveram maior efeito sobre os preços dos ativos, mas a questão fiscal seguia como um dos assuntos acompanhados de perto pelos investidores.

Na quinta-feira o dólar à vista fechou a sessão a 4,8706 reais na venda, em alta de 0,15%.

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