O dólar (USDBRL) opera em baixa em meio a baixo volume de negócios na manhã desta terça-feira, 14. Os investidores levam em conta a queda da divisa norte-americana no exterior e um desempenho misto dos rendimentos dos Treasuries, com viés de baixa nos curtos e médios e de alta nos longos.
Com a agenda interna vazia e o recesso no Congresso Nacional, o mercado precifica notícias de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pode adotar aumento gradual de tarifas a importações para evitar inflação.
Às 10h55, o dólar à vista caía 0,73%, a R$ 6,05.
PPI
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em dezembro ante novembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 14, pelo Departamento do Trabalho do país. Na comparação anual, o PPI avançou 3,3% em dezembro.
Analistas consultados pela FactSet projetavam alta de 0,3% na taxa mensal e de 3,4% na anual em dezembro.
O núcleo do PPI permaneceu estável (0,0%) em dezembro ante novembro. Na comparação anual, o núcleo do PPI avançou 3,5% em dezembro. Analistas projetavam alta de 0,2% na taxa mensal e de 3,8% na anual em dezembro.
O dado é acompanhado de perto pelo mercado nesta terça-feira como um dos termômetros da inflação norte-americana, em antecipação ao índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos EUA, a ser divulgado na quarta-feira.
Commodities
As commodities estão sem direção única. O contrato do minério de ferro no mercado futuro da Dalian subiu 2,22%. Porém, o petróleo recua moderadamente, com possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Economista do OCBC, Asean Jonathan Ng avalia que os preços do Brent devem oscilar na faixa “confortável” de US$ 78 a US$ 83 o barril no curto prazo, diante dos efeitos de sanções recentes dos EUA e aliados à Rússia, além de possíveis tarifas de Trump sobre o comércio.
Ásia
No Japão, o iene se valoriza ante o dólar, e os rendimentos de títulos soberanos (JGBs) também avançam – principalmente o de 2 anos, que subiu a 0,680%, o maior nível desde outubro de 2008. Hoje, o vice-presidente do BoJ Ryozo Himino disse que há possibilidade de elevar os juros durante a reunião monetária da próxima semana, mas evitou afirmar qual a probabilidade de o BC tomar esta decisão e reiterou que dependerá de dados sobre a economia.
Na China, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários (CSRC) disse que trabalhará com o Banco do Povo da China (PBoC, em inglês) para garantir a efetividade de ferramentas monetárias e o fortalecimento de mecanismos para estabilizar o mercado.