O dólar (USDBRL) recua na manhã desta segunda-feira, 17, em linha com o exterior e após o IBC-BR de janeiro superar o teto das projeções do mercado.
O real e alguns pares emergentes se beneficiam dos dados positivos de atividade da China e adoção de novos estímulos ao consumo e renda no país.
O Itaú Unibanco (ITUB4) reduziu sua projeção para o IPCA 2025, de 5,8% para 5,7%, e para a taxa Selic ao final do ciclo de alta. A estimativa passou de 15,75% para 15,25% ao ano, ao fim do primeiro semestre de 2025.
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Segundo o banco, o processo de expansão do juro básico deve seguir avançando em terreno contracionista, mas será menos extenso. Para 2026, a instituição estima Selic cedendo para 13,25% ao ano no primeiro semestre.
“Dada a acomodação da taxa de câmbio em níveis mais apreciados, o BC deve optar por um ciclo um pouco menor”, afirma o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,95% na segunda quadrissemana de março, após registrar alta de 1,22% na primeira quadrissemana.
Com o resultado, o índice acumula alta de 4,91% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No radar estão ainda dados econômicos dos EUA do varejo e indústria (9h30), os desdobramentos da política tarifária do presidente americano, Donald Trump, e as negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.

Os investidores também esperam as decisões de juros do Copom, Federal Reserve, Banco do Japão e Banco do Povo da China, na Super-Quarta, dia em que poderá ser votado o projeto de lei orçamentária (PLOA) de 2025 pelo Congresso.
Após rumores de adiamento na sexta-feira, 14, a apresentação da peça orçamentária deve ocorrer a partir desta terça-feira, apurou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
E o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde, confirmou que a proposta do governo deve ser votada entre terça e quarta-feira.
O governo Trump reiterou a adoção de “tarifas recíprocas” em 2 de abril e há expectativas de manutenção de juros pelo Federal Reserve à faixa de 4,25% a 4,50% na quarta, quando o Copom poderá elevar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, a 14,25% ao ano.
Analistas afirmam que essa perspectiva pode beneficiar a atratividade do “carry trade” ao investidor estrangeiro e o real.
(Com Estadão Conteúdo)