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Dólar fecha estável com alta de 3% do petróleo

O DXY, que mede o dólar contra seis rivais fortes, fechou em leve queda de 0,07%, aos 102,855 pontos

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Dólar

O dólar (USDBRL) continuou instável no período da tarde, por fim fechando na estabilidade (0,00%) nesta quinta-feira, 10.

Do lado de apoio para o real, houve a valorização de 3% do petróleo e um movimento técnico de realização, considerando que a divisa norte-americana havia subido nos últimos três pregões.

Contudo, o câmbio seguiu perto de R$ 5,60, pressionado pela possibilidade de manutenção de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em novembro após o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, afirmar que está aberto à essa possibilidade, em dia de dados macroeconômicos divergentes nos EUA, e por persistentes ruídos em relação ao quadro fiscal brasileiro.

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O DXY, que mede o dólar contra seis rivais fortes, fechou em leve queda de 0,07%, aos 102,855 pontos.

O dólar à vista, por sua vez, fechou estável (0,00%), a R$ 5,5870, ainda acumulando alta semanal de 2,32%). Às 17h27, o contrato para novembro registrava queda de 0,21%, a R$ 5,5965.

“Tivemos volatilidade hoje, com leve tendência de um dólar um pouco mais fraco em relação ao real na maior parte do pregão. Após alguns dias de dólar mais forte, o mercado parece estar se acomodando nesse nível próximo de R$ 5,60”, afirma Felipe Garcia, chefe da mesa de operações do C6 Bank.

Operadores destacam que a maioria das principais moedas de emergentes e exportadores de commodities conseguiram ter leve apreciação frente ao dólar nesta quinta-feira, devido à recuperação das matérias-primas.

O petróleo, por exemplo, fechou em alta de 3,68% (Brent) e 3,56% (WTI), com notícias de que Israel decidirá ainda nesta quinta sobre um ataque ao Irã e que os presidentes iraniano e da Rússia devem se reunir para discutir, entre outros assuntos, o conflito na região.

O câmbio segue em patamar elevado pela incerteza sobre a trajetória de política monetária do Fed. Nos EUA, os dados do mercado de trabalho vieram piores do que as previsões, enquanto a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cheia e seu núcleo ficaram acima do esperado por analistas em setembro, sugerindo potencial corte de juros de 25 pontos-base no país em novembro.

“Com postura data dependent do Fed é dólar mais forte, não tem jeito”, comenta o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Nesta quinta, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse estar aberto a manter as taxas de juros nas próximas duas reuniões, caso os dados sugiram que essa seja a escolha apropriada a ser feita.

No âmbito local, segue o mal-estar fiscal. Na quarta-feira, entrou nos holofotes a possibilidade de que o Ministério da Fazenda crie um imposto mínimo para pessoas físicas com renda acima de R$ 1 milhão, como contrapartida para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula.

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(Com Estadão Conteúdo)

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