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Dólar recua em linha com movimento externo, de olho em Fed e Copom

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9818 reais na venda, em alta de 0,32%

por Reuters
Dólar

O dólar (USDBRL) tinha leve queda frente ao real nesta terça-feira, ajustando-se em linha com a estabilização da moeda norte-americana no exterior após salto recente, com o foco em falas de dirigentes do Federal Reserve e após o Banco Central reforçar cautela com o afrouxamento monetário no Brasil em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada mais cedo.

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Às 9:58 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,17%, a 4,9735 reais na venda.

Na B3, às 9:58 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,29%, a 4,9825 reais.

Boa parte do comportamento do câmbio nesta manhã era atribuída a fatores técnicos por participantes do mercado, depois de na véspera a divisa norte-americana ter superado os 5 reais nas máximas intradia, antes de fechar o dia cotado a 4,9818 reais na venda, em alta de 0,32%.

Esse aumento, por sua vez, veio depois que o chair do Fed, Jerome Powell disse no domingo que o Federal Reserve deve ser “prudente” ao decidir quando reduzir sua taxa básica de juros.

“Depois daquela forte alta do dólar que teve, após a fala do Powell e o resultado da criação de emprego nos Estados Unidos, houve aquela pancada ontem — provavelmente bateu ‘stop’ em muitas posições, dólar passou dos 5, e hoje está se ajustando”, explicou Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora.

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“É mais um ajuste técnico que está acontecendo hoje, depois do estresse.”

Nesta sessão, investidores acompanharão falas de dirigentes do banco central norte-americano, mas, segundo Iha, há poucas chances de que seus comentários mudem de forma significativa o cenário atual do mercado, que já descartou a possibilidade de um início do afrouxamento monetário nos EUA em março — pintando quadro de rendimentos, e, consequentemente, uma moeda, atraentes nos Estados Unidos por mais algum tempo.

No Brasil, o Copom avaliou na ata da sua última reunião que o cenário doméstico tem evoluído como o esperado pelo BC, com um progresso desinflacionário relevante, mas que a incerteza internacional prescreve cautela à política monetária.

“Em suma, o Banco Central continua com sua abordagem prudente e relativamente muito confortável com a estratégia atual” de adotar cortes de 0,50 ponto percentual, sem espaço para acelerar o ritmo de flexibilização, disse Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez.

Atualmente em 11,25%, a Selic segue em patamar bem restritivo que mantém o real atraente para uso em estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimos em país de juros baixos e investimento desse dinheiro em mercados de rendimentos mais altos, lucrando com o diferencial de taxas.

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