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Dólar recua frente ao real após salto da véspera

Às 9h08 (de Brasília), o dólar à vista caía 0,18%, a 5,1337 reais na venda

por Reuters

O dólar (USDBRL) recuava frente ao real nesta sexta-feira, com investidores realizando lucros após salto do dólar na véspera, enquanto os mercados continuavam de olho na política monetária do Federal Reserve e nas divisões dentro da diretoria do Banco Central do Brasil.

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Às 10h00 (de Brasília), dólar à vista caía 0,05%, a 5,1405 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,01%, a 5,1475 reais .

“Acho que a alta de ontem foi muito acentuada, e é natural um ajuste técnico no dia seguinte”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1432 reais na venda, em alta de 1,02%, devido ao receio de que o Banco Central possa se tornar mais brando no combate à inflação a partir de 2025, quando os dirigentes indicados pelo governo Lula se tornarão maioria na instituição.

O que alimentou esses temores foi divisão de votos na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de quarta-feira, quando o colegiado decidiu por 5 votos a 4 cortar a taxa básica Selic em 25 pontos-base, para 10,50% ao ano.

Todos os cinco dirigentes que votaram por corte de 25 pontos-base foram indicados pelo governo anterior, enquanto os quatro diretores que defenderam corte de 50 pontos-base foram indicados pela administração Lula.

Conforme investidores locais continuam digerindo as perspectivas para o Banco Central, o clima externo oferecia alívio, disse Bergallo, apontando recente arrefecimento nos dados de emprego dos Estados Unidos.

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Na semana passada, dados de abertura de vagas fora do setor agrícola vieram abaixo do esperado, enquanto, na véspera, uma leitura mostrou surpresa para cima nos pedidos de auxílio-desemprego.

Dólar
(Imagem: Rafael Borges/ Dinheirama)

“Isso novamente deu fôlego para o mercado voltar a acreditar em corte de juros por lá, agora no segundo semestre”, disse Bergallo.

Na semana passada, o Fed deixou sua taxa de juros de referência inalterada na faixa atual de 5,25% a 5,50%, onde se encontra desde julho.

Operadores, que no final do ano passado chegaram a prever que o início da redução dos juros nos EUA poderia começar tão cedo quanto março, adiaram consecutivamente suas projeções, que agora apontam setembro como o momento provável do primeiro corte.

Num geral, quanto mais o Federal Reserve cortar os juros e quanto menos o BC afrouxar a política monetária local, melhor para o real.

Isso porque, quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e EUA, mais interessante fica a moeda doméstica para uso em estratégias de “carry trade”, em que investidores tomam empréstimo em país de taxas baixas e aplicam esse dinheiro em mercado mais rentável.

O dólar estava a caminho de encerrar a semana em alta de 1,40%, mas, no acumulado do mês, cai quase 1%.

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