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Dólar segue em baixa R$ 4,92 após dados robustos do PIB dos EUA

Ainda que o PIB tenha crescido acima do esperado, seu deflator implícito sugeriu um cenário positivo para a inflação norte-americana

por Reuters
3 min leitura
Dólar

O dólar à vista segue em baixa no Brasil neste início de tarde, apesar de a moeda norte-americana ter ganhado força no exterior ante uma cesta de moedas fortes, após os EUA divulgarem um PIB acima do esperado para o quarto trimestre de 2023, mas com indicadores de inflação acomodados.

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Às 13:08 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,23%, a 4,92 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,36%, a 4,9190 reais.

Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto no último trimestre do ano passado aumentou a uma taxa anualizada de 3,3%, bem acima da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, de alta de 2,0%.

Apesar do dado forte — que poderia favorecer uma alta dos rendimentos dos Treasuries — os yields dos títulos norte-americanos de dez anos se mantiveram em queda, o que contribuiu para o viés negativo do dólar ante algumas divisas, como o real.

Ainda que o PIB tenha crescido acima do esperado, seu deflator implícito sugeriu um cenário positivo para a inflação norte-americana.

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“(A alta do PIB foi) bem acima do esperado, que era um crescimento de 2%. Impressionante como a economia americana está robusta, crescendo mais do que se imagina”, avaliou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes.

“Por outro lado, veio uma boa notícia na parte de preços, (com) o deflator implícito do PIB mostrando uma inflação mais baixa do que se imaginava, com uma alta de 1,5%. O esperado era 2,2% anualizado. No núcleo, o esperado era 2% e veio 2%”, acrescentou Gala.

Em relatório separado divulgado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 25 mil, para um ajuste sazonal de 214 mil, na semana encerrada em 20 de janeiro. Os economistas previam 200 mil pedidos na última semana.

Neste cenário, operadores elevaram na curva norte-americana as apostas de que o Fed cortará os juros até maio — mas não necessariamente em março, como vinha sendo largamente precificado até o início do ano.

Às 12:28 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 5,00 pontos-base, a 4,128%.

No mesmo horário, o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,19%, a 103,490.

Além dos números norte-americanos, os investidores acompanharam pela manhã a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que manteve sua taxa básica de juros em um patamar recorde de 4%. Por outro lado, a instituição observou que a inflação subjacente continuou a cair.

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