O dólar (USDBRL) operava em alta no mercado brasileiro na manhã desta quinta-feira (30), impulsionado por fatores técnicos e pela valorização externa frente a pares principais (DXY).
A divisa americana reagiu à manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed) e à decisão do Copom de elevar a Selic em 1 ponto percentual, indicando mais aumentos futuros.
A pressão técnica também foi atribuída à proximidade da definição da última taxa Ptax de janeiro, com investidores ajustando posições após perdas recentes da moeda.
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Enquanto isso, os juros curtos recuaram com o mercado interpretando o comunicado do Copom como “dovish”, mas há expectativa de uma ata mais “hawkish” na próxima semana.
No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries caíram, aguardando dados do PIB dos EUA, enquanto o Brasil acompanha índices como o IGP-M, que subiu 0,27% em janeiro, acima das projeções.
O dia ainda contará com decisões do BCE e indicadores econômicos relevantes nos EUA e no Brasil.
Dólar x Selic
• Valorização do Dólar e decisões de juros. A valorização do dólar reflete ajustes técnicos após decisões do Fed e do Copom. O Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Copom elevou a Selic para 13,25%, sinalizando novas altas. Investidores ajustam posições antes da definição da Ptax de janeiro, ampliando a volatilidade.
• Mercado interpreta comunicação do Copom. José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos, afirma que o mercado leu o comunicado do Copom como “mais dove”. Apesar disso, há expectativa de que a ata traga uma comunicação mais dura na próxima terça-feira, impactando as projeções de juros futuros e o câmbio local.
• Cenário internacional e expectativas. Os fundamentos econômicos dos EUA continuam fortes, favorecendo rendimentos mais altos dos Treasuries. Após queda nos juros dos títulos públicos americanos, o BBH destaca que a inflação elevada e o tom hawkish do Fed devem sustentar ganhos futuros, com olhos no PIB e pedidos de auxílio-desemprego.
• Indicadores econômicos no Brasil. O IGP-M de janeiro subiu 0,27%, acima das estimativas, iniciando 2025 com alta acumulada de 6,75%. No Brasil, destaque para dados do Caged e resultado do Governo Central, além de leilões de títulos públicos. Esses números podem influenciar o comportamento do câmbio e dos juros locais.
• Agenda do dia e eventos relevantes. A agenda inclui decisões do BCE e coletiva de Christine Lagarde. Nos EUA, atenção aos dados de PIB e vendas pendentes de imóveis. No Brasil, Lula fará coletiva à imprensa, enquanto Haddad participará de entrevista na RedeTV!. Os eventos podem gerar volatilidade nos mercados financeiros.