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Dólar sobe com PCE dos EUA e pressão na Ptax

O recuo da divisa norte-americana respondeu ao leilão de dólar no mercado à vista de até US$ 1,5 bilhão

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Dólar

O dólar (USDBRL) passou a subir, puxado pelo fortalecimento no exterior após os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em linha com as previsões do mercado fortaleceram chance de corte menor de juros nos EUA. Há ainda expectativas de saídas de capitais do País nesta sexta-feira. O fortalecimento coincide com a primeira coleta de taxas no mercado para a formação da Ptax do dia, a última de agosto.

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Mais cedo, o dólar caiu em linha com recuo externo ante pares do real. O recuo da divisa norte-americana respondeu ao leilão de dólar no mercado à vista de até US$ 1,5 bilhão, vendido integralmente há pouco, e a ingressos de fluxo comercial dentro da normalidade, em meio à desaceleração da inflação ao consumidor na zona do euro, expectativas por novos estímulos ao setor imobiliário na China e de corte de juros nos EUA em setembro, afirma o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti.

Os investidores estão de olho em declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a indicação de Gabriel Galípolo para comandar o BC a partir de janeiro de 2025. O presidente afirmou que entenderá se Galípolo defender o aumento da taxa de juros em algum momento, desde que apresente a fundamentação para isso.

“Ele (Galípolo) tem o perfil de uma pessoa competentíssima e um brasileiro que gosta do Brasil. É um jovem extremamente competente. Ele vai trabalhar com a autonomia que eu dei ao Meirelles, até porque agora ele tem mandato de quatro anos, o mesmo de um presidente da República. Dá o direito de fazer as coisas corretas. Se tiver que baixar juros, baixa. Se tiver que aumentar, aumenta. Vai ter que ter explicação, porque o BC tem que ter meta de crescimento também, senão não vamos a lugar algum”, disse Lula.

Às 10h04, o dólar à vista subia 1,05%, a R$ 5,6819, ante queda mais cedo até R$ 5,5754. O dólar para outubro, mais negociado a partir de hoje, ganhava 0,96%, a R$ 5,7025. O índice DXY subia 0,25%, a 101,59 pontos há pouco.

Também estão no radar a Pnad contínua, apontando taxa de desemprego em 6,8% no trimestre até julho, em linha com o previsto. Já o déficit do setor público em julho veio maior que o esperado.

A participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto em eventos nesta sexta-feira vai ganhar os holofotes após dizer que o BC estava com o “dedo no gatilho” para intervir no câmbio, se for necessário. Ontem à noite, o atual chefe da autoridade monetária disse aguardar ainda uma “convergência adicional” da inflação. As apostas na curva de juros são majoritárias de possível aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic em setembro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também falará em eventos ao longo da tarde.

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Segundo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, o leilão do BC hoje visa evitar distorções no câmbio em dia de formação da última taxa Ptax do mês, levando em conta a previsão de um aumento no volume de remessas ao exterior.

Broadcast apurou que há expectativas de saída de capitais de cerca de US$ 1 bilhão do País nesta sexta-feira, em razão do rebalanceamento do EWZ (MSCI Brazil ETF), que vai passar a incluir ações brasileiras listadas no exterior, como XP e Nubank.

(Com Conteúdo Estadão)

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