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Dólar sobe de olho em dados de emprego dos EUA

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0589 reais na venda, estável, mas ainda no maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado depois de ter acumulado alta de 1,57% nos dois dias anteriores

por Reuters
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O dólar (USDBRL) avançava frente ao real nesta quarta-feira, com investidores reagindo a dados de emprego e aguardando leituras da atividade dos Estados Unidos, bem como falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, com as tensões geopolíticas aprofundando o nervosismo sobre as perspectivas de afrouxamento monetário na maior economia do mundo.

Às 10h30 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,36%, a 5,0769 reais na venda, rondando os patamares intradiários mais altos desde outubro do ano passado.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,16%, a 5,0905 reais.

Apoiando o dólar globalmente, dados desta manhã mostraram que a abertura de vagas no setor privado dos Estados Unidos superou as expectativas em março, apontando para a continuidade da força do mercado de trabalho e dando mais motivos para o Federal Reserve ser cauteloso na definição do início de seu afrouxamento monetário.

Foram abertas 184 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 155 mil em fevereiro em dado revisado, segundo relatório da ADP. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 148 mil vagas no mês passado.

O dado da ADP, desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Economia Digital de Stanford, foi publicado antes da divulgação, na sexta-feira, do relatório mais abrangente de empregos do Departamento do Trabalho, referente a março.

Além disso, mantendo os investidores cautelosos, serão publicados mais tarde nesta quarta-feira dados de atividade do setor de serviços dos EUA.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0589 reais na venda, estável, mas ainda no maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado depois de ter acumulado alta de 1,57% nos dois dias anteriores.

“Talvez o pessoal esteja olhando aqui a parte interna, nossa questão fiscal, mas o que está pesando mesmo é o cenário lá fora: a questão dos juros americanos e, agora, essa dose da questão geopolítica”, disse Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, sobre o recente rali do dólar.

Recentemente, operadores têm reduzido as apostas num início em junho do afrouxamento monetário do Fed, bem como as projeções da flexibilização total a ser promovida pelo banco central este ano.
“O que está segurando o Fed de cortar os juros? É inflação, então, com isso, esse petróleo em alta piora o cenário”, avaliou Iha.

Os preços do petróleo ampliavam seus ganhos nesta quarta-feira, com o Brent se aproximando dos 90 dólares por barril, em meio a riscos de oferta decorrentes de ataques ucranianos a refinarias russas e potencial de escalada do conflito no Oriente Médio.

Para além de se beneficiar dos efeitos da alta do petróleo na inflação global –algo que tende a favorecer cenário de um Fed mais rígido–, o dólar tende a ser impulsionado pela tensão geopolítica em si, conforme investidores enchem suas carteiras de ativos seguros para se prevenir de eventuais escaladas em conflitos.

Iha disse à Reuters não esperar novas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, embora siga monitorando os movimentos da autarquia. Na véspera, o BC realizou leilão extra de 20 mil contratos de swap cambial tradicional, cujo efeito é equivalente à venda de dólares no mercado futuro.

O BC disse que a operação tinha como objetivo atender a demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, atrelado ao câmbio, previsto para 15 de abril, mas alguns profissionais ponderaram que a instituição pode ter usado o momento para conter uma alta maior do dólar.

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