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Dólar tem alta frente ao real após queda recente em meio a expectativa por Copom

Às 10h10 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,3%, a 5,0843 reais na venda

por Reuters
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Dólar

O dólar (USDBRL) passou a mostrar leve alta frente ao real nesta segunda-feira, recuperando o fôlego depois de cair acentuadamente na semana passada, de olho num clima relativamente ameno no exterior e com ampla expectativa pela reunião de política monetária do Banco Central.

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Às 10h10 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,3%, a 5,0843 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a 5,0995 reais.

“Após uma semana muito favorável ao real, é possível que tenhamos uma leve correção (nos próximos dias), à medida que os contextos que abordamos são digeridos”, disse Diego Costa, chefe de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

“Tanto o otimismo quanto o pessimismo nos mercados são testados e confrontados com os indicadores econômicos, e é isso que observaremos nos próximos dias.”

Segundo ele, o foco da semana estará em falas de autoridades do Federal Reserve, depois que, na semana passada, o chair do banco central, Jerome Powell, praticamente descartou a possibilidade de novas altas dos juros este ano. Além disso, dados de emprego mais fracos do que o esperado de sexta elevaram o otimismo global, mantendo vivas as esperanças de que o Fed corte sua taxa básica uma ou duas vezes em 2024.

Costa espera que os membros do Fed que discursarão ao longo desta semana optem por cautela e peçam mais evidências de desaceleração da inflação e do mercado de trabalho.

Na última sessão, em meio a otimismo generalizado em relação ao Fed e com boas notícias locais após a recente melhora da perspectiva de crédito do Brasil pela Moody’s, a moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a 5,0693 reais na venda, em baixa de 0,86%. No acumulado da semana passada, a divisa dos EUA cedeu 0,93%.

O Banco Central encerrará sua reunião de política monetária de dois dias na quarta-feira, dia 8 de maio, num cenário de incertezas renovadas que levou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a abrir as portas em abril para o Copom reduzir o ritmo de cortes na Selic, atualmente em 10,75%, apesar de sua orientação futura mais recente ter indicado manutenção do ritmo de 0,50 ponto.

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Economistas consultados em pesquisa da Reuters ficaram divididos quanto ao ritmo de afrouxamento monetário, com a maioria agora acreditando numa desaceleração para 0,25 ponto, embora parcela expressiva aposte na manutenção do passo de 0,50 ponto.

Já probabilidades implícitas em contratos futuros de juros mostram quase 90% de chance de o BC cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual nesta semana.

Num geral, quanto mais o Federal Reserve cortar os juros e quanto menos o BC afrouxar a política monetária local, melhor para o real. Isso porque, quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e EUA, mais interessante fica a moeda doméstica para uso em estratégias de “carry trade”, em que investidores tomam empréstimo em país de taxas baixas e aplicam esse dinheiro em mercado mais rentável.

No entanto, muitos participantes do mercado têm alertado que, caso eventual decisão do BC de desacelerar o afrouxamento seja motivada por elevadas incertezas fiscais, isso poderia anular o efeito positivo de “carry” para o real, já que a saúde das contas públicas também é um fator levado em consideração para decisões de investimento.

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