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Domingão Dinheirama – Independência financeira

por Conrado Navarro
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Liberdade financeiraHelena comenta: “Navarro, parabéns pelo site. Ouvi em uma rádio que há uma regra internacional, usada por especialistas em finanças, capaz de determinar uma quantia mínima para atingirmos a tão querida independência financeira. Isso é fato? Que regra é essa”?

Olá Helena, obrigado pela visita e pelo apoio. É verdade, existe sim uma regra adotada por um grande número de consultores e ela é bem simples: acumule o equivalente a 200 vezes o que você gasta por mês. Alguns especialistas preferem contabilizar 200 vezes a renda mensal. De qualquer forma, um exemplo simples ilustra o que deve acontecer. Se você recebe R$ 5.000,00 de salário, terá que acumular R$ 1.000.000,00 para poder sentir-se “livre”. Isso é muito subjetivo, claro! Mas é uma forma de dar números ao que parece ser apenas um sonho.

Ah, mesmo com essa grana toda, você não deve pensar em sair gastando horrores por ai. A idéia é que este colchão financeiro permita que você possa decidir-se mais tranquilamente sobre seu futuro. Em outras palavras, isso significa manter seu padrão de vida sem, necessariamente, ter um patrão. Quanto mais cedo você se preocupar com sua independência financeira, mais cedo poderá alcançá-la. A regra deve ser usada como expectativa e o valor final trabalhado conforme sua realidade.

Rico escreveu: “Navarro, venho conseguindo poupar e investir quase 40% do meu salário, mas minha esposa gasta todo o seu dinheiro. Ela não se interessa pelo assunto e alega que já faço isso por toda a família. Isso não é justo e gostaria de algumas dicas suas neste sentido. Sinto que poderíamos alcançar nossa independência financeira de forma mais rápida se houvesse maior colaboração em casa. Que situação. Obrigado”.

Rico, eu que agradeço pela visita e pela mensagem. Antes de me aventurar nessa resposta, quero parabenizá-lo pelo enorme esforço e disciplina. Poupar 40% do salário é realmente muito difícil e fará toda a diferença. Bom, sobre sua esposa, a questão é mais delicada do que parece. Arrisco-me a dizer que ambos têm objetivos diferentes no médio e longo prazo e parece que o assunto “dinheiro” ainda é uma caixa preta entre o casal. Pelo que vejo:

  • Faltam metas e objetivos claros de médio e longo prazo. Não há outra forma de defini-los senão através do diálogo. Imagino que sejam recém-casados e há por parte dela um certo deslumbre com a atual abundância de dinheiro, o que não é normal nesta etapa de um casamento. Em suma, é preciso que cheguem a um consenso quanto ao objetivo financeiro do casal e da família.
  • Ela tem dificuldade em manter-se econômica e organizada com suas próprias finanças. Não espere de alguém algo que ele não sabe fazer. Prefira acompanhá-la nas atividades cotidianas, colaborando com pequenas dicas e material sobre educação financeira. Uma boa saída é sentarem juntos para desenhar o orçamento doméstico e estipularem um plano sobre o pagamento das contas, envolvendo dinheiro seu e dela para os pagamentos. Precisam estar comprometidos não só com o casamento, mas com as novidades, exercícios e desafios que ele traz.
  • Há um vácuo de comunicação quando o papo recai sobre as finanças do casal. Isso pode decorrer da formação sociocultural de vocês ou da falta de diálogo sobre assunto desde os tempos de namoro.

Não há muito mais o que eu possa falar sem conhecer mais profundamente a sua realidade, mas saiba que muitos casamentos acabam por problemas financeiros e isso no seu caso é perfeitamente evitável. Não quero decepcioná-lo ou demonstrar pessimismo. Pelo contrário, quero que aproveite plenamente seu casamento. Isso significa ter que lidar com números, contas, investimentos e planejamento financeiro com a mesma dedicação dada ao amor, respeito ou carinho. Boa sorte.

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