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Home Economia e Política Durigan diz que MP do PIS/Cofins corrige distorções

Durigan diz que MP do PIS/Cofins corrige distorções

Durigan afirmou ainda que o objetivo do governo é fazer o ajuste fiscal com "medidas de justiça", sem aumento de alíquota nem criação de tributos

por Reuters
3 min leitura
Dario Durigan

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que as medidas de limitação de compensação de créditos de PIS/Cofins, previstas em Medida Provisória divulgada nesta terça-feira, corrigem distorções que teriam que ser enfrentadas “cedo ou tarde” e atendem a entendimento do Supremo Tribunal Federal.

Ele previu que, com o aumento da atividade das empresas, elas conseguirão “desaguar” seus créditos dentro das novas regras. Em entrevista coletiva à imprensa, Durigan afirmou ainda que o objetivo do governo é fazer o ajuste fiscal com “medidas de justiça”, sem aumento de alíquota nem criação de tributos.

Na manhã desta terça-feira, o Ministério da Fazenda apresentou uma MP para limitar o sistema de créditos de Pis/Cofins, prevendo que a iniciativa ampliará as receitas do governo em 29,2 bilhões de reais em 2024.

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Do total, cerca de 17,5 bilhões de reais virão de uma limitação nas compensações de créditos de Pis/Cofins. Outros 11,7 bilhões de reais serão fruto de uma restrição de créditos presumidos de Pis/Cofins.

A medida busca compensar a perda de receita gerada pela manutenção da desoneração da folha salarial de 17 setores da economia e de municípios de pequeno porte. O benefício tem custo estimado de 26,3 bilhões de reais neste ano — menor que o impacto previsto da MP.

Durante a coletiva, Durigan reconheceu que a MP vai onerar alguns setores da economia, mas defendeu que isso corrigirá distorções, compensando os benefícios dados a milhares de outras empresas por meio da desoneração da folha.

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, pontuou que a MP tem 15% de margem de segurança na estimativa de impacto fiscal, para que o governo possa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Além disso, conforme Barreirinhas, como não há elevação de tributos, a MP não precisará passar por uma noventena — período de 90 dias antes de começar a valer.

Conforme o secretário, é mais justo que, em vez de aumentar a alíquota, o governo corrija distorções.

Barreirinhas também descartou que o governo tenha a intenção de alterar a dinâmica de outros créditos, como o saldo negativo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), o pagamento a maior, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a contribuição previdenciária.

Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a MP será publicada em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta terça-feira, disse Durigan.

PIB

Durante a entrevista, Durigan também fez comentários a respeito do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre. Segundo ele, o resultado indica que a agenda econômica do governo vem se desenvolvendo em bom ritmo e na direção correta.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os três meses anteriores. A leitura igualou a expectativa em pesquisa da Reuters com economistas.

Um dos destaques foi a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) — uma medida de investimento –, que teve alta de 4,1% no primeiro trimestre, após crescimento de apenas 0,5% no período anterior.

De acordo com Durigan, a FBCF aponta para a sustentabilidade do crescimento.

O secretário-executivo reconheceu, no entanto, que a situação do Rio Grande do Sul preocupa, em especial os efeitos da tragédia provocada pelas chuvas sobre a arrecadação nos meses de maio e junho.

Durigan afirmou ainda que o governo convocará uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), para que seja definida uma medida de apoio ao crédito para o Rio Grande do Sul.

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