Usar o cartão de crédito com equilíbrio, sem estourar o orçamento, é fundamental para não ter problemas na hora de pagar a conta.
Mas em caso de imprevistos, será que é melhor pagar o mínimo do cartão ou parcelar a fatura?
Neste artigo, entenda as consequências de cada uma dessas opções e saiba as vantagens e desvantagens e o impacto no crédito e nas finanças pessoais.
É melhor pagar o mínimo do cartão ou parcelar a fatura?
No Brasil, em agosto de 2024, 72,46 milhões de pessoas estavam endividadas, segundo dados do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas. Sendo que a maioria (27,98%) possuía débitos com bancos e cartões de crédito.
Por ser uma situação que afeta tantos brasileiros, a dúvida sobre o que fazer na hora de pagar a fatura do cartão de crédito é muito recorrente.
O ideal é sempre pagar o valor total da fatura do cartão de crédito e na data correta de vencimento. Mas, quando essa não é uma possibilidade por algum motivo pontual, o que será que é melhor: pagar o mínimo, parcelar ou até mesmo atrasar a conta?
Para saber a resposta para essa pergunta é preciso entender o que cada uma dessas alternativas significam.
Diferença entre pagar o mínimo e parcelar a fatura do cartão
Pagar o mínimo da fatura do cartão significa acertar apenas uma parte do valor total da conta, deixando o restante da fatura em aberto para o próximo mês.
De acordo com o Banco Central, não existe mais o pagamento mínimo obrigatório de 15% do valor da fatura. No entanto, cada instituição financeira pode estabelecer com os clientes um percentual de pagamento mínimo mensal, em função do risco da operação, do perfil do cliente ou do tipo de produto.
Assim, ao pagar o mínimo e não parcelar o restante da conta, o consumidor estará aderindo ao crédito rotativo, que o sujeita a pagamento dos juros e dos encargos financeiros previstos em contrato.
Já parcelar a fatura quer dizer dividir o valor total da fatura em parcelas mensais, que normalmente possuem taxas de juros mais baixas em comparação com os juros do crédito cobrados quando se paga apenas o mínimo.
Assim, na prática, ao optar pelo parcelamento de fatura, o consumidor estará contratando uma operação de crédito.
Portanto, de forma geral, é possível afirmar que pode ser mais vantajoso parcelar a fatura do que pagar o mínimo.
Vantagens e desvantagens de cada opção
Existem prós e contras tanto para quem decide pagar o mínimo do cartão quanto para quem opta por parcelar a fatura. Confira os principais pontos de atenção:
Pagar o mínimo: prós e contras
Evita restrição de crédito e bloqueio do cartão;
Aumenta o prazo para quem teve apenas uma desorganização pontual e sabe que irá conseguir quitar a fatura total no próximo mês;
Aplica juros elevados (juros rotativos) sobre o valor remanescente da conta, o que, apesar do limite determinado por lei, pode aumentar a dívida consideravelmente.
Parcelar a fatura: prós e contras
Juros menores do que os aplicados no rotativo;
Pagamento previsível (valor fixo mensal);
Redução gradual da dívida, desde que os pagamentos do parcelamento sejam respeitados;
Comprometimento do limite total do cartão, que só será disponibilizado conforme as parcelas forem pagas.
Como evitar precisar pagar o mínimo do cartão ou parcelar a fatura
Uma das formas de evitar precisar recorrer ao pagamento mínimo ou parcelamento da fatura do cartão é fazendo um uso consciente do crédito.
Confira, abaixo, algumas dicas para utilizar o cartão sem prejudicar o bolso:
Determine um limite de uso de acordo com o seu orçamento.
Para evitar compras por impulso, deixe o cartão de crédito físico em casa.
Pague sempre a fatura completa a cada mês.
Não atrase o dia de pagamento.
Não tenha muitos cartões de crédito, para não dificultar o controle das faturas.
Acompanhe o fechamento da fatura, confira compras parceladas e se os lançamentos estão corretos.
Verifique se seu cartão é gratuito ou se você paga anuidade por ele.
Não empreste seu cartão para ninguém.
Faça um planejamento financeiro e controle os gastos no cartão;
Saiba qual é o melhor dia de compra no cartão, para evitar ficar com uma fatura com valor muito elevado.
Alternativa ao pagamento mínimo ou parcelamento e como utilizá-la
Quem não quer pagar o mínimo, nem parcelar a fatura do cartão de crédito, pode avaliar se contratar um empréstimo para quitar a dívida do cartão é mais vantajoso.
Mas antes disso, é fundamental saber se a parcela do empréstimo cabe no orçamento.
Para isso, algumas dicas são:
Faça lista de todos os gastos que possui;
Corte gastos caso constate que o custo mensal está maior que a renda;
Evite comprometer mais de 1/3 da renda com parcelas de empréstimo;
Pesquise atentamente as opções de crédito disponíveis no mercado.
E para não errar na contratação do empréstimo, lembre-se de:
Procurar instituições confiáveis (o Serasa Crédito pode auxiliar neste processo. Simule grátis);
Ler atentamente o contrato antes de assinar;
Tirar todas as dúvidas com o banco ou financeira antes de finalizar a contratação;
Nunca assinar qualquer ficha ou papel em branco e nem aceitar acordos verbais.