A economia da zona do euro provavelmente sofrerá uma leve contração ou, na melhor das hipóteses, ficará estagnada no quarto trimestre, disse nesta terça-feira o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos.
“Vimos uma taxa trimestral de -0,1% (no terceiro trimestre), eu também não tiraria muitas conclusões sobre isso, +0,1% ou -0,1%, mas é praticamente uma situação de estagnação, achamos que vai continuar no quarto trimestre”, disse De Guindos em um evento em Madri.
O crescimento econômico da zona do euro foi mais fraco do que o esperado no terceiro trimestre, uma vez que uma estimativa preliminar mostrou que o Produto Interno Bruto caiu 0,1% em comparação com o trimestre anterior e que a taxa de crescimento anual diminuiu acentuadamente.
Dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto final do quarto trimestre para outubro, divulgados pela S&P Global, indicaram que o bloco entrou no último trimestre de 2023 com o pé atrás, com o indicador em seu nível mais baixo desde o final de 2020.
Em sua reunião de 26 de outubro, o BCE deixou as taxas de juros inalteradas, encerrando uma sequência sem precedentes de 10 aumentos consecutivos.
De Guindos disse que, dada a alta incerteza atual, a instituição continuará a seguir uma abordagem dependente de dados em relação à sua política monetária futura.