A EDP investirá 2,3 bilhões de reais em usinas de geração distribuída de energia solar no Brasil até 2026, com o objetivo de alcançar 530 megawatts-pico (MWp) em potência na modalidade, anunciou a companhia elétrica portuguesa nesta quinta-feira.
Os aportes fazem parte de um plano global da EDP de investir 2,5 bilhões de euros na tecnologia nos próximos anos para instalar mais 4 GWp em projetos solares, com energia destinada a atender o consumo de famílias e empresas.
No Brasil, o foco da empresa é o modelo de “geração compartilhada remota”, no qual um mesmo projeto solar de até 3 MW atende múltiplos clientes, organizados em um consórcio.
A companhia tem fazendas solares em nove Estados, com a maioria delas concentrada nas áreas de concessão de suas duas distribuidoras de energia no país, a EDP ES e EDP SP.
Para 2023, a elétrica disse que construirá 50 usinas no mercado brasileiro, possibilitando quase triplicar a capacidade instalada total de sua carteira de “GD” até o final do ano, para 260 MWp.
Em nota, o CEO da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, reforçou o potencial de crescimento do negócio, destacando o rápido avanço da tecnologia.
“Não existe país no mundo em que a geração solar descentralizada seja maior que geração eólica e solar de grande escala. Para nós, essa é uma oportunidade e agora, também, uma das nossas prioridades”, disse o executivo.
A geração distribuída vem puxando o crescimento da fonte solar no Brasil, tendo superado os 20 GW de potência neste ano. Somados, os projetos solares distribuídos, como telhados e fachadas solares, são mais representativos em potência do que as grandes usinas solares, classificadas como “geração centralizada”.