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EDP quer dobrar carteira da comercializadora de energia em 2024 e renova acordo com BB

O acordo com o BB, renovado após licitação realizada pelo banco, prevê o fornecimento pela EDP de 11,09 megawatts (MW) médios de energia proveniente de fontes renováveis

por Reuters
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A EDP está renovando um contrato de fornecimento de energia elétrica ao Banco do Brasil (BBAS3) por meio de sua comercializadora varejista, unidade que vem se expandindo e busca dobrar sua carteira de clientes em 2024, disse a companhia elétrica à Reuters nesta terça-feira.

O acordo com o BB, renovado após licitação realizada pelo banco, prevê o fornecimento pela EDP de 11,09 megawatts (MW) médios de energia proveniente de fontes renováveis, de 2024 a 2028, para atender a demanda de cerca de 74 unidades consumidoras da instituição financeira em 23 Estados.

O contrato reforça a aposta do grupo EDP na venda de energia “varejista”, segmento que engloba unidades consumidoras com carga relativamente baixa, como pequenas e médias empresas.

A EDP foi primeira empresa do setor a criar uma comercializadora varejista no Brasil, em 2018, e tem hoje participação de mercado superior a 20%, afirmou Carlos Andrade, vice-presidente de Clientes e Inovação da EDP Brasil, citando dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

“Fechamos 2023 com 25 megawatts médios (MWm) comercializados e mais de 470 unidades consumidoras atendidas, um crescimento de 30% com relação ao ano anterior. Para 2024, a expectativa é dobrar o número de unidades consumidoras contratadas”, disse o executivo à Reuters.

A comercialização varejista vem ganhando mais atenção das companhias elétricas nos últimos anos, em meio à abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores conectados em alta tensão a partir de janeiro.

Embora negocie volumes menores de energia do que o “atacado” (grandes indústrias e empresas), o segmento de varejo costuma ter melhores margens e vem transformando a rotina das comercializadoras, que buscam atrair agora clientes pequenos, que até então estavam vinculados ao mercado das distribuidoras, e são menos familiarizados com o setor elétrico.

“Temos investido na ampliação da equipe comercial, incluindo equipe própria e representantes comerciais, além de uma base de parceiros estratégicos, estruturamos um call center para enriquecimento de leads de venda vindos de nossos canais digitais e para atendimento ao cliente, e desenvolvemos plataformas digitais”, exemplificou Andrade.

Na avaliação do executivo, a abertura de mercado neste ano deverá promover um “grande salto” do segmento varejista. “São clientes que hoje estão com a distribuidora, pagando cerca de 700 reais por megawatt-hora (MWh), e que, ao migrarem para o mercado livre, podem reduzir o custo da energia em 30% ou 40%”.

Parceria com o BB

O acordo estende uma parceria entre EDP e BB desde 2018, quando as partes firmaram o primeiro contrato de compra e venda de energia na modalidade varejista.

Na ocasião, o BB adquiriu, por 86 milhões de reais, um fornecimento de 10 MW médios para atender inicialmente a demanda de 24 edifícios administrativos. O volume de unidades atendidas foi aumentando durante o acordo, chegando a 64 pelo país.

(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Luciana Elias, gerente executiva de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB, disse que além dos ganhos financeiros para o banco, há “ganhos ambientais para toda a sociedade, como a redução de emissões diretas de Gases do Efeito Estufa e incentivo à transição para uma matriz energética mais limpa”.

O novo contrato entre as empresas inclui a emissão de mais de 97 mil certificados de energia renovável ao ano. Esses certificados, chamados de I-RECs, asseguram a origem renovável da energia que será fornecida e evitam a emissão de cerca de 35 mil toneladas de CO2 por ano.

Além do fornecimento de energia via mercado livre, a EDP também tem uma parceria com o BB em geração distribuída solar. Ao todo, são 8 usinas solares, com 26,33 megawatts-pico (MWp) instalados, que abastecem 365 agências do banco, com uma economia estimada de 102,5 milhões de reais para o BB ao longo dos 15 anos de contrato.

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