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Educação financeira em um contexto de pobreza

por Cornelius Okwudili Ezeokeke
3 min leitura
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dinheirama-post-pobrezaNo mundo, ao longo das décadas, tem-se evidenciado a grande incidência de pobreza entre a população. O Brasil avançou decisivamente em relação à educação em alguns Estados, porém nada se fez concretamente em relação à educação financeira.

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O acesso á educação financeira permanece enfrentando barreiras de cunho cultural, resquícios de um período de hiperinflação, em que as pessoas têm que gastar tudo que ganham para não ver a moeda perder seu poder de compra.

Entretanto, depois da estabilização monetária trazida a lume pelo plano Real, a população não avançou. Continuou no passado, ainda gastando mais do que ganha, não fazendo orçamento doméstico, muito menos planejamento para controlar os gastos, sem falar também em poupar para investir no futuro.

Tudo isso tem trazido uma conseqüência muito desastrosa nesse contexto de extrema pobreza que a maioria vive hoje.

O combate à pobreza, a meu ver, deveria começar pela universalização da educação financeira, a fim de que possamos perceber e compreender que qualquer um pode sair da pobreza e enriquecer.

Basta que mudemos a nossa mentalidade pobre para adquirir a mentalidade rica. Isso se conquista trabalhando, sabendo poupar, orçar, unir forças para procurar as alternativas que nos proporcionam a independência financeira.

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Como chegaremos a isso? Daí entra a questão da implantação da educação financeira nas grades curriculares das nossas escolas e faculdades. Universalizar educação financeira mostra-se necessário para ajudar no combate a pobreza, pois não adiantará a chamada transferência da renda se os beneficiários não tiverem a educação financeira adequada para saírem da pobreza.

Essas pessoas não sairão da linha de pobreza extrema enquanto não souberem lidar com dinheiro, não souberem poupá-lo e investi-lo. É preciso desestimula-las em relação ao consumo irresponsável, hábito a que são acostumadas desde muito tempo.

Como já dizia o Marques de Maricá, “nada agrava mais a pobreza que a mania de querer parecer rico”. As pessoas têm que aprender a mudar os hábitos que prejudicam o seu bem-estar financeiro.

O descontrole nas finanças é o que mantêm as pessoas na pobreza. Isso corrobora o pensamento do amigo e educador financeiro Conrado Navarro quando escreve que elas não chamaram para si mesmas a responsabilidade de suas vidas financeiras. Deveriam tomar a frente disso.

Os possuidores de problemas financeiros não aprenderam a respeitar o seu dinheiro, muito menos se qualificaram e investiram em aprendizados que os ajudariam a ter sucessos financeiros.

É sabido, também, que aqueles em situação financeira delicada não criam reservas de emergência, não evitam comprometer mais que 30% de suas rendas mensais com dívidas e não respeitam, assim, os limites para gastos do orçamento.

São estas coisas que espetam as pessoas à pobreza, que por sua vez leva a marginalização. Portanto, a luta pela erradicação da pobreza precisa conscientizar a população em torno da importância do planejamento, ou estaremos focando apenas na solução efêmera, sem profundidade e utilidade.

Por isso que acredito que a pobreza só poderá ser eliminada com a universalização da educação financeira na sociedade. Você concorda? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo. Até a próxima.

Foto Shutterstock. Poverty and hunger concept with a fork and knife on a broken

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