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Educação financeira infantil: a compra do material escolar

por Bernadette Vilhena
3 min leitura

Educação financeira infantil: a compra do material escolar Quem tem filhos sabe o que acontece nesses dois primeiros meses do ano. Muitas conversas e preocupações giram em torno da compra do material escolar e da expectativa para o início das aulas. E, claro, muito dinheiro precisa ser colocado em movimento para satisfazer as famosas “listinhas” de materiais entregues pelas escolas.

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Esse momento pode ser bastante prazeroso quando nos dedicamos à educação financeira de nossas crianças. A saída para a compra do material escolar não precisa estar acompanhada apenas de preocupações e dores de cabeça com relação ao dinheiro –queixas que costumo ouvir bastante nessa época.

Para ajudar a deixar a tarefa dos pais ou responsáveis mais leve – e para não estourar o orçamento, claro – elaborei algumas orientações.

Aproveite o que for possível. É oportuno abrir os armários e ver o que dá para ser aproveitado do ano anterior: mochilas, estojos, cadernos quase sem uso podem ser customizados e ganharem cara nova e exclusiva! Vale a pena colocar o lado artístico em prática.

Planeje a compra. É fundamental fazer uma pesquisa de preços antes, é incrível a variação entre o mesmo item em lojas diferentes! Conhecendo as lojas que oferecem as melhores alternativas, a compra não fica cansativa, principalmente para as crianças.

Combine as regras com as crianças. A lista de material deve ter sido lida junto com os filhos e alguns pontos que geram dúvidas devem ser resolvidos ainda em casa, assim o risco de aumentar o custo do material cai bastante. Itens como caderno, mochila, lápis, canetinhas, estojo costumam dar problemas e onerar a lista quando não planejados previamente.

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Defina limites. Compartilhe com as crianças o quanto de dinheiro está disponível para a compra do material e fique sempre ao lado orientando a melhor alternativa. Trata-se de uma oportunidade para elas aprenderem a planejar, fazerem escolhas e colocarem na balança a relação custo-benefício.

Ensine conceitos importantes. Com exceção dos livros didáticos e alguns itens direcionados pela escola, o mercado oferece uma infinidade de opções nesse segmento. Nesse momento, procure falar sobre caro e barato, qualidade dos produtos, explique o porquê do caderno com a foto do artista ser quase o dobro de um caderno normal e por ai vai. É a partir dessas conversas e das escolhas feitas que formamos um consumidor consciente.

Inspire fazendo o que julga ser certo. A criança aprende pelos exemplos. Você, responsável por ela, como lida com as questões ligadas ao dinheiro? Quais os comentários quando recebe a lista de material escolar? O que é importante para você na hora da compra?

Incentive as discussões em torno do dinheiro e planejamento familiar. Lembre-se que a educação financeira está associada à conduta, palavras, expressões corporais e atitudes concretas.

Por fim, reserve sempre um tempo para conversar com as crianças e educá-las financeiramente. Uma conversa honesta e bem orientada traz um resultado muito positivo. Deixá-las em casa e comprar o material sozinho pode até ser mais prático, mas essa atitude terá provavelmente um impacto negativo no futuro muito próximo.

As crianças são introduzidas no mercado do consumo desde pequeninas e cabe aos adultos próximos a ela a tarefa de prepará-las para um consumo saudável. Precisamos, de forma paciente e gradual, transmitir valores fundamentais sobre o que é SER humano. A compra do material escolar é um momento precioso para esses ensinamentos.

Quer partilhar conosco suas dúvidas ou experiências sobre esse tema? Deixe seus comentários no espaço abaixo. Até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

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