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Egito rejeita deslocamento de palestinos para Sinai, diz presidente

O Egito teme a insegurança perto de sua fronteira com Gaza no nordeste do Sinai, onde enfrentou uma insurgência islâmica que se intensificou há uma década

por Reuters
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Abdel Fattah al-Sisi

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse nesta quarta-feira que os egípcios, aos milhões, rejeitariam o deslocamento forçado de palestinos para o Sinai, acrescentando que qualquer medida desse tipo transformaria a península em uma base para ataques contra Israel.

A Faixa de Gaza está efetivamente sob controle israelense e os palestinos poderiam ser transferidos para o deserto de Negev, em Israel, “até que os militantes sejam eliminados”, disse Sisi em uma coletiva de imprensa conjunta no Cairo com o chanceler alemão Olaf Scholz.

A fronteira entre a Península do Sinai, no Egito, e a Faixa de Gaza é o local da única passagem do território palestino que não é controlada por Israel.

O bombardeio sem precedentes de Israel e o cerco a Gaza para destruir os militantes do Hamas, que controlam a faixa, aumentaram os temores de que seus 2,3 milhões de habitantes possam ser forçados a ir ao sul, para o Sinai.

“O que está acontecendo agora em Gaza é uma tentativa de forçar os residentes civis a se refugiarem e migrarem para o Egito, o que não deve ser aceito”, disse Sisi.

“O Egito rejeita qualquer tentativa de resolver a questão palestina por meios militares ou por meio do deslocamento forçado dos palestinos de suas terras, o que seria feito às custas dos países da região”, completou ele.

Sisi disse que o povo egípcio “sairá e protestará aos milhões… se for chamado a fazê-lo” contra qualquer deslocamento dos moradores de Gaza para o Sinai.

O Egito teme a insegurança perto de sua fronteira com Gaza no nordeste do Sinai, onde enfrentou uma insurgência islâmica que se intensificou há uma década.

Qualquer transferência de palestinos para o Sinai significaria “que transferimos a ideia de resistência, de combate, da Faixa de Gaza para o Sinai, e assim o Sinai se tornaria a base para o lançamento de operações contra Israel”, afirmou Sisi.

A Jordânia, que faz fronteira com a Cisjordânia ocupada por Israel e absorveu a maioria dos palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas após a criação do Estado de Israel, também alertou contra a expulsão dos palestinos de suas terras.

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