Economistas muitas vezes fazem uso da expressão “ceteris paribus” (tudo o mais permanecendo constante) para demonstrar o que pensam. As pesquisas mais recentes de intenção de voto para as próximas eleições estão começando a ficar emboladas pela queda da presidente Dilma e subida dos demais candidatos – e já apontam mais concretamente a possibilidade de haver segundo turno.
O “ceteris paribus” fica por conta da não avaliação de mudanças, na hipótese do movimento “Volta Lula” começar a ganhar força nas hostes do próprio PT, com seu projeto de manutenção do poder. Parece claro que isso pode ocorrer, mas teria que ser melhor avaliado, se e quando existir concretamente.
Como podemos avaliar a situação presente?
No meu ponto de vista, os brasileiros só têm a ganhar com a corrida presidencial mais acirrada. Isso porque os candidatos ao planalto terão que se mostrar mais em debates e programas de governo, abrindo chance de a sociedade melhor avaliar quem realmente melhor se encaixa na sua visão de Brasil.
Saímos, portanto, do plano pessoal de “salvadores da Pátria” para avaliar governos e programas, o que certamente é imensamente melhor para o país e criação de uma Nação (com letra maiúscula mesmo).
É voz corrente entre os formadores de opinião, e minha também, que não importa muito quem ganhe, o Brasil terá que passar por muitas mudanças no plano econômico.
Com mais ou menos sofrimento, o vencedor terá que modificar essa tendência de deterioração de nossas contas e produzir choque de confiança para os empreendedores locais e investidores estrangeiros.
Também é verdade que todos os candidatos e suas assessorias sabem onde as reformas mais urgentes precisam ocorrer. Acontece que, por serem medidas duras, alguns candidatos vão evitar abordá-las, ou simplesmente tangenciar os problemas enquanto puderem.
Quais são as propostas para a Nação?
Nos embates televisivos e nos programas de governo explicitados, os candidatos terão que elencar os principais problemas, suas soluções factíveis e como e em que velocidade farão as mudanças.
Desse cardápio terá que constar obrigatoriamente temas como crescimento e desenvolvimento econômico, inflação com metas mais palatáveis e convergência, como tornar o país mais competitivo, como ampliar a produtividade das empresas (basilar) e como gastar e investir recursos de forma mais eficiente.
Ah, também deve entrar nessa lista o tratamento a ser dado à corrupção e como lidar com os programas sociais em ambiente de recursos escassos. Há ainda a necessária reforma política e os desafios de preparar e treinar o país para crescer, com o sem recursos do pré-sal.
Não menos importante, o que fazer para ampliar a poupança e o investimento como participação do PIB e como atrair os investidores estrangeiros, absolutamente fundamentais para projetos de longa maturação, notadamente em infraestrutura. Disso tudo é que emergirá o candidato mais adequado ao país, e sem salvadores da pátria. Ufa.
Temos que ter mais programas e menos falatório inconsequente. Temos que aprender a cobrar de nossos dirigentes os compromissos assumidos de campanhas. Temos que dar duro no Congresso Nacional, afinal de contas ele foi eleito por nós e também com compromissos assumidos.
Merecemos um país melhor!
Temos que começar a criar uma Nação que possa ser orgulho de todos e não meio de vida de alguns poucos enfronhados no poder. Que venham então os debates de ideias e programas de governo. O Brasil só tem a ganhar com isso!
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Foto “Arms with brazilian flag”, Shutterstock.