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Eletrobras faz acordo com Âmbar

Em paralelo, a Eletrobras anunciou a compra de participações de 51% da Âmbar em dois ativos de transmissão, nos quais a Eletrobras já era sócia, por 574 milhões de reais

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: freepik/@ wirestock)

 A Eletrobras (ELET6) anunciou nesta sexta-feira um acordo com o grupo Âmbar Energia, da J&F, para vender a usina termelétrica Candiota e comprar linhas de transmissão de energia, em mais uma operação para se desfazer de ativos não estratégicos e descruzar participações com empresas sócias.

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O negócio prevê a venda da usina Candiota, localizada no Rio Grande do Sul, por 72 milhões de reais. Com 350 megawatts (MW) de capacidade instalada, Candiota era o único ativo de geração movido a carvão do portfólio da Eletrobras, e integrava um pacote de usinas que foram colocadas à venda pela companhia para sair das fontes fósseis, incluindo o gás natural.

“Candiota representa cerca de um terço das emissões totais da Eletrobras”, disse a companhia, em comunicado.

A alienação deverá gerar um impacto contábil negativo para a Eletrobras de cerca de 56 milhões de reais no balanço do terceiro trimestre deste ano, afirmou a companhia.

Já para a Âmbar, a compra integra a estratégia do grupo de investir em ativos ligados à segurança de abastecimento no processo de transição energética do país. Com Candiota, a empresa, que também investe em gasodutos e comercialização de energia, passará a ter um parque gerador total de 1,8 gigawatt (GW).

“A aquisição da Usina Termelétrica Candiota garante que sua capacidade siga à disposição do sistema elétrico brasileiro, contribuindo para a segurança da transição energética do país e para a expansão de nossas operações”, afirmou o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, em nota.

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Em paralelo, a Eletrobras anunciou a compra de participações de 51% da Âmbar em dois ativos de transmissão, nos quais a Eletrobras já era sócia, por 574 milhões de reais.

As empresas de transmissão Vale do São Bartolomeu e Triângulo Mineiro Transmissora têm concessões que vão até 2043 e, juntas, somam uma receita anual permitida (RAP) de pouco mais de 100 milhões de reais. As unidades terão dívida líquida próxima a zero na data esperada da finalização da operação.

Segundo a Eletrobras, houve uma melhora dos termos, estabelecidos em 2013, para compra e venda desses ativos. A CELGpar, que também é sócia na Vale do São Bartolomeu, tem um período para exercer seu direito de preferência na transação, disse a Eletrobras.

O acordo com a Âmbar também envolveu a opção de compra, por um real, de 51% em sociedades de propósito específico (SPEs) de geração eólica. As SPEs do complexo Baleia não detêm ativos operacionais ou dívida e são detentoras de direito de recebimento em uma ação de cobrança de indenização securitária, disse a Eletrobras.

A transação com a Âmbar se soma a outras anunciadas pela Eletrobras junto a empresas parceiras desde a privatização em meados do ano passado, como a permuta de participações acionárias de 787,8 milhões de reais com a Neoenergia e a compra da fatia da Cemig em usinas hidrelétricas.

A expectativa da Eletrobras é reduzir progressivamente o número de SPEs de sua carteira, chegando a 31 até o segundo trimestre de 2024.

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