O time de análise do Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) para refletir um resultado dentro do esperado no 2° trimestre, portfólio melhor e maiores preços à vista do mercado de energia, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (12).
O preço-alvo para as ações ELET3 subiram de R$ 54 para R$ 55 e, às ELET6, de R$ 60 para R$ 62.
“Continuamos com classificação de compra para a Eletrobras, que vemos sendo negociada com a maior TIR (Taxa Interna de Retorno) do setor entre as empresas cobertas, em 13,5%”, dizem os analistas Bruno Amorim, Guilherme Bosso e Guilherme Costa Martins.
As receitas líquidas foram revisadas em +11/5/3% em 2024/25/26 e as estimativas de Ebitda ajustado em +6/10/4% em 2024/25/26, respectivamente. O WACC (Custo Médio Ponderado de Capital) foi cortado para 10,4% (de 10,6% anteriormente) refletindo menores taxas livres de risco.
Por que comprar Eletrobras?
Amorim, Bosso e Martins citam quatro principais motivos para revisar para cima os números da empresa.
1) Resultados de lucros em linha no segundo trimestre de 2024;
2) Balanço energético melhorado, com portfólio médio líquido não contratado caindo de 28% para 22% para 2024-27 (enquanto a faixa média de preço de venda conseguiu permanecer inalterada;
3) Preços spot de energia mais altos no curto prazo devido à hidrologia desfavorável, contribuindo para as estimativas de receita de geração do 3° e 4° trimestres;
4) Cenário macro atualizado.
“Os principais riscos de baixa para nossa visão são o maior nível de energia não contratada em comparação a outros nomes cobertos, preços de energia mais baixos devido ao excesso de oferta de energia no curto e médio prazo e a eventual construção da usina nuclear de Angra 3”, opinam.