A Embraer (EMBR3), fabricante de aeronaves, está intensificando sua presença no mercado norte-americano com uma estratégia comercial assertiva.
A nomeação de Nigel Patterson como vice-presidente de vendas para a aviação comercial na América do Norte em junho de 2023 é um indicativo claro das mudanças planejadas.
A empresa busca reposicionar o E195-E2 na região, visando ganhar terreno nas grandes companhias aéreas de passageiros.
Os analistas da Ágora Investimentos, Victor Mizusaki, Wellington Lourenço e Larissa Monte, estimam que a Embraer poderia conquistar até 271 novos pedidos do E195-E2 para substituir as frotas de A319s e B737-700s operados por empresas como American Airlines, United Airlines, Alaska Airlines e Canadian North.
A análise aponta para uma mudança estratégica da Embraer, que historicamente focava na aviação regional nos Estados Unidos. Agora, a empresa está direcionando esforços para posicionar o E195-E2 como complementar às frotas de fuselagem estreita de grandes companhias aéreas. A Porter Airlines, por exemplo, já opera 20 E195-E2s, com planos de expansão.
Desafios e oportunidades
A competição com a Airbus é mencionada, especialmente desde que a empresa europeia adquiriu o programa CSeries da Bombardier.
Desempenho das ações da Embraer em relação ao Ibovespa em 1 ano
No entanto, os analistas ressaltam que a Embraer tem uma participação de mercado maior (57%) excluindo operadores de A320 e pedidos de E175s. A análise sugere que a empresa brasileira pode conquistar uma parcela significativa do mercado norte-americano, especialmente com o potencial de novos pedidos e uma estratégia comercial focada.
Projeções positivas e recomendação de compra
Diante das mudanças estratégicas e do potencial de crescimento, a Ágora Investimentos mantém a recomendação de compra para as ações da Embraer. Além disso, eles elevaram o preço-alvo para o final de 2024 para R$ 34, indicando uma visão otimista em relação ao desempenho futuro da empresa.
As projeções para 2024 apontam para um cenário mais favorável, com estimativas de entregas mais altas do que o previsto anteriormente.