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Enel SP monta esquema para evento climático extremo no fim de semana

A CPI da Enel São Paulo na Alesp foi instaurada em maio deste ano para apurar "possíveis irregularidades e práticas abusivas" pela concessionária

por Reuters
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Enel

A Enel está se preparando para enfrentar um novo evento climático extremo previsto para este fim de semana que deve atingir a área de concessão de sua distribuidora de energia paulista, disse nesta quinta-feira Nicola Cotugno, country manager da companhia no Brasil.

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“Tem previsão de uma perturbação muito intensa, que chegará no fim de semana… Estamos preparando, coordenando para enfrentar esse evento que se prenuncia… Um evento potencialmente muito forte, falaram de possíveis rajadas de (vento) de 80 até 100 km/h”, afirmou o executivo, durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

De acordo com alerta da Defesa Civil, entre sexta-feira e domingo, a combinação de calor, umidade e a passagem de uma frente fria poderá levar a chuvas fortes e temporais em todo o Estado de São Paulo. Existem condições para temporais com rajadas de vento de 60 e 80 km/h, com picos de 100 km/h em algumas localidades.

Segundo Cotugno, depois do apagão em São Paulo há duas semanas, a companhia trabalha com “mobilização máxima possível” em todas as frentes de trabalho e deve contar com cerca de 1,2 mil equipes em campo, incluindo parceiros e equipes emprestadas das concessionárias do grupo no Rio de Janeiro e Ceará.

Em relação às chuvas registradas na véspera na capital paulista e região metropolitana, o presidente da Enel Brasil disse que 290 mil clientes foram afetados em um momento de pico, e que até esta manhã, 70% já estavam com a eletricidade restabelecida.

A previsão, segundo ele, é de normalização dos serviços a todos os afetados até o início da noite desta quinta-feira.

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CPI da Enel

A CPI da Enel São Paulo na Alesp foi instaurada em maio deste ano para apurar “possíveis irregularidades e práticas abusivas” pela concessionária na prestação dos serviços aos consumidores, mas ganhou força no início deste mês com o apagão que deixou sem luz cerca de 2 milhões de clientes da distribuidora após fortes chuvas.

A Enel, de matriz italiana, começou a operar em 2018 a concessionária de energia que atende a capital paulista e região metropolitana, após ter adquirido o controle da empresa em leilão realizado pela antiga controladora, a AES.

Durante a sessão, o country manager da Enel Brasil se desculpou por ter falado em entrevista à Folha de S.Paulo após o apagão que a companhia “não deveria se desculpar”, dizendo que houve mau emprego de um termo que, em italiano –sua língua de origem–, significa não se eximir de responsabilidade.

“Eu pessoalmente, a empresa, todos os nossos colaboradores sentem fortemente e pedem desculpa, sentem fortemente o que foi o transtorno para os clientes, cidades, prefeituras”.

Questionado pelos deputados sobre redução da força de trabalho da Enel, ele afirmou que a diminuição de 36% ocorreu principalmente em funções administrativas e que foi compensada pela contratação de terceirizados, com o volume de força de trabalho em terreno aumentando 3%.

“Se a gente tivesse só empregados próprios, no momento da excepcionalidade da demanda de trabalho… a gente não teria a flexibilidade e a capacidade de aumentar a força de trabalho”, disse.

Cotugno ressaltou ainda que a Enel tem uma visão de longo prazo para sua atuação no Brasil. Segundo ele, de 2019 a 2022, a companhia investiu 37 bilhões de reais no país, bem acima de seu lucro de cerca de 10 bilhões de reais. “Queremos crescer e fortalecer os nossos ativos”.

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