A Boeing (BOEI34) entregou menos aviões em julho do que a rival europeia Airbus, já que a fabricante norte-americana continuou lidando com problemas de logística e interrupções na cadeia de suprimentos que afetaram a produção do jato 737, mais vendido da companhia.
A empresa disse nesta terça-feira que entregou 43 aeronaves em julho, abaixo dos 60 aviões despachados a clientes em junho e mais de 20 unidades a menos do que os 65 enviados pela Airbus no mês passado.
As entregas do 737 MAX caíram de 48 em junho para 32 unidades em julho, marcando o nível mais baixo desde abril, quando a empresa descobriu que suportes foram instalados incorretamente na cauda vertical de cerca de 75% dos 737 em seu estoque.
O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, disse em julho que o retrabalho em andamento para corrigir o defeito, uma paralisação no fornecedor Spirit AeroSystems e o colapso de uma ponte ferroviária que afeta as entregas da fuselagem do 737 pode “nos custar algumas entregas” no terceiro trimestre.
A Boeing anunciou no mês passado que iniciou o aumento da produção do 737 de 31 para 38 jatos por mês, mas o diretor financeiro, Brian West, disse que levará tempo para entregar consistentemente nesse nível.
Além dos MAXs, a Boeing entregou em julho quatro 787 Dreamliners, três 767s, três 777 cargueiros e um Next-Generation 737 para ser convertido em uma aeronave de patrulha marítima P-8 para a Marinha dos Estados Unidos.
A empresa registrou 52 pedidos brutos ao longo do mês, incluindo uma venda anunciada anteriormente de 39 Dreamliners para a Saudia, sem cancelamentos.
Os pedidos brutos da Boeing desde o início de janeiro subiram para 579 em julho, ou 467 pedidos líquidos após cancelamentos e conversões e 659 após ajustes contábeis.
A Airbus registrou 1.140 pedidos brutos, ou 1.101 após cancelamentos, até o final de julho.
No geral, a carteira comercial da Boeing aumentou de 4.879 para 4.928 pedidos.