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Entrevista exclusiva – Link Trade e o investimento em ações

por Conrado Navarro
3 min leitura

Entrevista exclusiva - Link Trade e o investimento em açõesFico muito feliz quando tenho a oportunidade de conhecer e conversar com profissionais do mercado financeiro, especialmente quando eles tratam da Internet e das iniciativas de negócios geradas aqui de forma profissional e inteligente. Foi o que aconteceu hoje, quando pela manhã conversei, por telefone, com duas pessoas que trabalham no Link Trade, home broker da Link Investimentos e decidi publicar esta entrevista.

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Mônica Saccarelli é diretora do Link Trade. A executiva, que atua no mercado de ações desde 1998, trabalha há três anos na Link Investimentos e foi uma das responsáveis pelo lançamento do Link Trade – que ocorreu em março de 2008. Monica é formada em Relações Públicas pela FAAP, em São Paulo, e pós-graduada em Comunicação Empresarial pela ESPM, em São Paulo, e Marketing, pela Universidade da Califórnia Berkeley, nos Estados Unidos.

Marianna de Oliveira Costa é responsável pela área de research macroeconômico do Link Trade. Economista formada pela FAAP e atualmente mestranda em economia no IBMEC, Marianna trabalha na Link desde agosto de 2005. Anteriormente trabalhou no Banco JPMorgan, também na área econômica.

O interesse para o papo surgiu depois que li o artigo “O aplicador 2.0 na era dos blogs, chats e posts” (para assinantes), publicado na edição de ontem do jornal Valor Econômico, assinado pela Mônica e que já ecoou no blog Investimetria e no portal ADVFN. A conversa com as duas profissionais foi excelente e o resultado você confere na entrevista resumida logo abaixo. Espero que aproveitem o conhecimento compartilhado e encarem o investimento em ações como uma alternativa também interessante (senão fundamental) para o futuro do seu dinheiro. Bom proveito!

1. Em 2002 havia pouco mais de 85 mil investidores pessoa-física cadastrados na Bolsa de Valores de São Paulo. O número chegou a 536,4 mil em dezembro de 2008 e hoje está em torno de 516 mil. O que esperar a respeito destes números? Há espaço para mais investidores?
Resposta: Observando a realidade do país e o potencial da economia, o número ainda é pequeno. Consideramos que um número bastante plausível seja de cerca de dois milhões de investidores nos próximos cinco anos. A BM&F Bovespa tem uma expectativa de atingir cinco milhões de investidores cadastrados neste mesmo período. Espera-se que o total de investidores em bolsa represente uma parcela maior da população economicamente ativa, algo entre 5% e 10%.

Para que o número seja atingido, ações de educação financeira e assessoria ao investidor serão fundamentais. Acreditamos muito no retorno advindo de cursos, palestras e incentivos dados através de mecanismos de ensino e educação.

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2. Depois de cerca de cinco anos com altas expressivas, muitos concordam que resultados daquele tipo não virão tão rapidamente. Qual a expectativa do Link Trade para a evolução da bolsa de valores e do investimento em ações?
R: É importante lembrar que praticamente todo movimento de mercado é guiado pelas perspectivas futuras, levando em conta a economia nacional e mundial. Os cinco anos de grande alta na bolsa foram anos de um crescimento mundial muito robusto e sincronizado. A economia como um todo cresceu de maneira muito estruturada, em alta velocidade, e a bolsa refletiu este movimento.

Consideramos que a dinâmica do crescimento das economias mundiais seguirá ditando o ritmo dos investimentos, mas a velocidade das mudanças deve se reduzir. A crise atual é severa, principalmente por se tratar de uma crise de crédito – que afeta praticamente todos os setores da economia. Nossa expectativa é de um crescimento lento, sem a pujança demonstrada nos “anos dourados” da bolsa a que você se referiu.

3. Tudo leva a crer que o cenário de instabilidade persistirá pelo menos nos próximos 6 meses. Ao mesmo tempo em que a crise derrubou o ânimo de alguns investidores (principalmente os iniciantes), criou ótimas possibilidades, graças a ativos com preços abaixo de seu valor justo. Como a Link vê esse cenário de dificuldades e também ótimas oportunidades?
R: Acreditamos que a situação atual nos coloca diante de um ano de oportunidades. Oportunidades, aliás, que aparecem muito raramente. A questão das oportunidades se estende por vários setores e não é um detalhe específico da bolsa de valores. Imóveis, terrenos, empresas fechadas e etc. também estão sendo negociados com preços mais baixos do que os praticados nos últimos anos.

Apesar de haver a possibilidade de vivenciarmos uma correção nos preços, o momento é oportuno para aqueles investidores que vêem na bolsa uma boa alternativa de investimento para o longo prazo. Daqui dez anos muitos investidores poderão olhar para trás e pensar: ‘eu deveria ter começado a investir em 2008, 2009’. Atenção para os setores relacionados à economia doméstica, que podem surpreender. Afinal, o Brasil está relativamente melhor que outros países, com um rumo econômico melhor definido e respeitado e parece que vai sair da crise antes de outras nações. Como destaques estão o sistema financeiro brasileiro, bastante robusto, e a demanda interna crescente.

4. Como é a recomendação e a análise de empresas realizada pelo Link Trade? O que o investidor precisa saber sobre as indicações para investir com segurança e bem informado?
R: Existem duas áreas distintas de análise que se complementam e auxiliam o investidor no momento da decisão: a análise técnica e a análise fundamentalista. O setor de renda variável tem profissionais que cuidam de traduzir as informações mais técnicas e específicas em relatórios de fácil leitura, que são compartilhados com os investidores e ficam à disposição também no site.

Como achamos muito importante que o investidor tenha acesso aos profissionais de mercado, optamos por criar um chat (diário e semanal para análise técnica e fundamentalista) e um fórum de análise técnica, espaços onde o interessado pode enviar dúvidas e manter contato direto com pessoas que atuam diretamente na bolsa.

5. O que o investidor deve levar em consideração para escolher em que corretora operar? Que aspectos devem ser observados com mais atenção e onde os sistemas de home broker realmente se diferenciam?
R: O principal fator que o investidor deve considerar é a disponibilidade de conteúdo e ferramentas no site e no sistema de home broker da corretora. É fundamental que a corretora tenha opinião a respeito das empresas e dos momentos do mercado e não fique apenas repassando notícias, o que vai colaborar para que o investidor também crie seu próprio julgamento.

O atendimento é outro ponto que merece destaque, ainda que com o home broker o investidor possa decidir-se sem conversar com a corretora. É importante que existam ferramentas e espaços para a opinião do cliente no site e que os profissionais da corretora sejam pessoas acessíveis.

6. O investimento em ações deve ser uma alternativa considerada por todo investidor que planeja seu futuro e pensa no longo prazo? Por que?
R: Sem dúvida, mas também pode ser uma alternativa para curto e médio prazo. O mercado traz oportunidades para todo tipo de investidor, mas é preciso que sua decisão seja tomada com o suporte da corretora e dentro de seu planejamento pessoal. Os objetivos e os limites de cada um precisam ser respeitados e a corretora precisa saber incorporá-los ao seu jeito de fazer negócios.

7. Os serviços adicionais de educação financeira, como cursos, palestras e workshops, atraem o investidor e são úteis para desmistificar o investimento em bolsa? Ainda é grande a resistência do brasileiro neste sentido?
R: Nós acreditamos muito no poder do conhecimento, disseminado através da boa informação. . Do contrário, o cliente pode facilmente desistir do mercado de ações e procurar outro tipo de investimento. Pensamos que a educação financeira é fundamental para a formação do investidor, o que não significa apenas captar novos clientes, mas também oferecer cada vez mais e melhor conteúdo/conhecimento para quem já está investindo.

O investidor pode e deve ser abordado através de forma presencial, através de cursos, palestras e workshops, mas também pela Internet, através de cursos on-line, podcasts, blogs e ferramentas inteligentes de mídia social – mas sempre de origem e credibilidade reconhecidas. Existem oportunidades de oferecer conhecimento sobre o mercado pelo Brasil, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo (responsável por 70% do número de investidores).

Não vemos mais tanta resistência quando o assunto é investir em ações. Com uma economia estável e mais previsível, o brasileiro já percebeu que outros investimentos terão que fazer parte de seu cotidiano de aplicações financeiras. A diversificação é importante em economias estáveis e que apresentam tendência de crescimento, como é o caso do Brasil. A verdade é que o brasileiro, em geral, está curioso para compreender o mecanismo de investimento da bolsa de valores.

8. Que diferenciais o Link Trade oferece, do ponto de vista do pequeno investidor, e que a diferenciam da concorrência?
R: Nosso principal objetivo é ajudar o pequeno investidor a aproveitar o investimento em ações. Neste sentido, oferecemos taxas de operação e corretagem bastante atraentes, mas também suporte total ao processo de tomada de decisão. Queremos que o cliente tenha acesso a relatórios compreensíveis, cursos, palestras, fóruns de discussão e profissionais do mercado. Queremos que a informação seja útil. Como exemplo, citamos os relatórios de análise, onde falamos dos pontos que consideramos ideais para compra e venda de diversos papéis. A corretora e seus profissionais têm sua opinião e querem compartilhar seu conhecimento com seus clientes.

Obrigado Mônica e Marianna pela oportunidade. O assunto é de grande interesse dos leitores e conversas assim “encurtam” a distância entre investidores e seus objetivos financeiros. Aos interessados em conhecer melhor a estrutura da Link, acessem www.linktrade.com.br!

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Conrado Navarro
, educador financeiro, tem MBA em Finanças e é mestrando em Produção, Economia e Finanças pela UNIFEI. Sócio-fundador do Dinheirama, autor do livro “Vamos falar de dinheiro?” (Novatec),  Navarro atingiu sua independência financeira antes dos 30 anos e adora motivar seus amigos e leitores a encarar o mesmo desafio. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente.

Crédito da foto para stock.xchng.

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