Para novembro de 2024, a EQI Research, sob a orientação de Felipe Reis, manteve sua carteira recomendada de ações sem alterações em relação ao mês anterior, refletindo uma visão cautelosa diante do cenário macroeconômico global e local.
A proximidade das eleições americanas e as incertezas sobre a política fiscal brasileira criam um ambiente de volatilidade e pressão sobre os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday
Apesar disso, a EQI optou por manter sua exposição em setores considerados sólidos e estratégicos.
Carteira
A carteira da EQI para novembro apresenta uma diversificação setorial com foco em bancos, petróleo e eletricidade, os quais compõem os maiores pesos do portfólio. Entre os ativos selecionados estão:
Com 15% de peso na carteira, o Banco do Brasil (BBAS3) é visto como uma escolha sólida no setor bancário, devido ao seu desempenho robusto e à gestão eficiente.
Com um preço-alvo de R$ 37,50, o ativo oferece um potencial de valorização de 42,4%, sendo negociado atualmente a um múltiplo de P/L de 4,0 vezes para 2024.
Veja todas as carteiras recomendadas para novembro
Também com 15% de peso, a PRIO (PRIO3) está exposta ao setor de petróleo, o qual é favorecido pela EQI devido ao limitado aumento da oferta global e ao cenário geopolítico instável. A ação é negociada a 7,8 vezes o lucro de 2024 e tem um preço-alvo de R$ 68,00, representando um potencial de valorização de 65,9%.
Com 10% de peso na carteira, a Petrobras (PETR4) é outra aposta no setor de petróleo. O ativo está avaliado com um preço-alvo de R$ 45,00, o que sugere uma valorização de 25,3%. A companhia continua a gerar forte fluxo de caixa, o que a torna uma escolha atrativa.
Copel (CPLE6) representa 10% da carteira, sendo uma empresa chave no setor elétrico. Com preço-alvo de R$ 12,77 e potencial de valorização de 30,1%, a Copel é negociada a um múltiplo de P/L de 11,5 vezes para 2024, refletindo uma perspectiva positiva para o setor de distribuição e geração de energia.
B3 (B3SA3) com 10% de peso, é a única bolsa brasileira e opera com um múltiplo de 12,2 vezes o lucro estimado para 2024. Seu preço-alvo de R$ 14,25 indica um potencial de valorização de 34,2%. O ativo é visto como uma alternativa para capturar a liquidez e o volume do mercado brasileiro.
Com 10% da carteira, o Itaú (ITUB4) também é uma aposta sólida no setor bancário, com um preço-alvo de R$ 45,00, oferecendo um potencial de alta de 28,5%. A EQI destaca o bom desempenho da carteira de crédito e a resiliência do banco em meio ao cenário desafiador.
Com participação de 10%, a Eletrobras (ELET3) é um dos principais players do setor elétrico e possui um preço-alvo de R$ 56,42, representando uma valorização de 48,6%. A empresa se beneficia da recente valorização dos preços de energia, impulsionada pelo baixo volume de chuvas.
Com 8% de peso, a Sabesp (SBSP3) está posicionada no setor de saneamento, sendo vista como um ativo de eficiência crescente. Seu preço-alvo de R$ 115,00 reflete um potencial de valorização de 24,9%. A EQI aponta que a empresa possui uma estrutura de custos elevada, mas se beneficia de uma precificação atrativa.
O ETF SMAL11 (SMAL11) representa 7% da carteira, proporcionando exposição a uma cesta diversificada de empresas de pequeno porte, com grande potencial de crescimento. A EQI mantém essa exposição devido à possibilidade de valorização das small caps em um cenário mais favorável para o mercado local.
Com 5% de peso, a Cyrela (CYRE3) é a única representante do setor de construção civil na carteira. O ativo é negociado a um múltiplo de P/L de 6,1 vezes para 2024, com preço-alvo de R$29,44, apresentando um potencial de alta de 35,4%. A EQI destaca o potencial de recuperação da Cyrela no mercado imobiliário.
Perspectivas
O relatório de novembro destaca a importância de acompanhar o cenário eleitoral americano, especialmente diante da possibilidade de uma vitória republicana, que poderia manter as taxas de juros americanas elevadas e fortalecer o dólar.
Isso impactaria a economia brasileira, pressionando a inflação e forçando o Banco Central a manter juros altos para controlar os preços.