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Equador analisa novas trocas de dívida por natureza ligadas à Amazônia e ao oceano

O Equador provavelmente precisará se concentrar em uma delas por enquanto, disse uma pessoa familiarizada com os planos

por Reuters
3 min leitura
Vista da floresta amazônica no Parque Nacional Yasuni, na província de Pastaza, no Equador (Imagem: REUTERS/Karen Toro)

O Equador está estudando novas trocas de dívida por natureza, uma para canalizar fundos para a floresta amazônica e outra para uma gigantesca zona de proteção oceânica apoiada pelo astro de Hollywood Leonardo DiCaprio, disseram à Reuters fortes familiarizadas com o assunto.

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O país está tentando aproveitar o recorde de 1,6 bilhão de dólares em troca de dívidas que conseguiu para as Ilhas Galápagos no ano passado. A Reuters está noticiando detalhes pela primeira vez sobre as opções que estão sendo consideradas.

Embora o governo esteja agora concentrado no combate ao crime organizado alimentado por drogas e na garantia de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), as fontes disseram que as autoridades estão trabalhando com bancos multilaterais de desenvolvimento e grupos de conservação há meses em pelo menos dois possíveis swaps de dívidas, na esperança de fazer algo este ano.

A primeira estaria vinculada à proteção de partes da floresta amazônica, amplamente considerada como o ecossistema natural mais importante do mundo.

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A segunda opção diz respeito ao financiamento de uma Área Marinha Protegida inovadora que o Equador criou ao longo de toda a sua costa continental do Pacífico de 2.237 km.

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O Equador provavelmente precisará se concentrar em uma delas por enquanto, disse uma pessoa familiarizada com os planos, dado o tempo e o esforço necessários para estruturar essas trocas de dívida.

Em uma troca de dívida por natureza, os títulos ou empréstimos do governo de um país são comprados e substituídos por novos que pagam uma taxa de juros mais baixa, desde que o governo se comprometa a gastar parte do dinheiro economizado em conservação.

Normalmente, um banco de desenvolvimento respalda o acordo com uma “garantia de crédito” ou “seguro de risco”, que protege os compradores dos novos títulos se o país não puder pagar o dinheiro de volta.

O país instituirá um limite anual de 1,32 gigatonelada de emissões de gases do efeito estufa até 2025, equivalente a uma redução de 50% em relação a 2005, disse uma das autoridades
O país instituirá um limite anual de 1,32 gigatonelada de emissões de gases do efeito estufa até 2025, equivalente a uma redução de 50% em relação a 2005, disse uma das autoridades (Imagem: Pixabay/DEZALB)

Duas das quatro fontes que falaram com a Reuters sob condição de anonimato disseram que as trocas que estão sendo explorados provavelmente compartilharão uma série de características com o acordo recorde de Galápagos do ano passado.

O objetivo seria fornecer dezenas de milhões de dólares por ano para as respectivas metas de conservação e cada uma delas poderia refinanciar cerca de 1 bilhão de dólares da dívida do Equador, embora os números possam mudar dependendo do momento, disseram as fontes.

De acordo com duas das fontes, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) dos EUA estão novamente sendo convocados para fornecer “garantia de crédito” e “seguro de risco político” necessários para reduzir o custo dos empréstimos e gerar a economia.

Uma proposta, ou solicitação de proposta, para a troca de dívida planejada ainda não foi enviado aos bancos, segundo duas fontes.

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