A Equinor informou nesta quinta-feira que submeteu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade e planos de desenvolvimento para dois campos da concessão do BM-C-33, na Bacia de Campos.
A concessão está localizada a aproximadamente 200 quilômetros do Rio de Janeiro, em profundidades marítimas de até 2.900 metros.
A área contém volumes recuperáveis de gás natural e óleo/condensado acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente, disse a petroleira.
A Equinor é a operadora e líder do consórcio que desenvolve o BM-C-33, que conta ainda com participação da Petrobras e da Repsol Sinopec Brasil.
O investimento total no projeto, anunciado em maio, é de aproximadamente 9 bilhões de dólares.
Os nomes sugeridos para os dois campos, ainda a serem confirmados pelo regulador, são Raia Manta e Raia Pintada.
Os campos desempenharão um papel fundamental no avanço do mercado de gás brasileiro, disse a Equinor, estimando que eles terão capacidade de atender a 15% da demanda total de gás do Brasil quando estiverem em produção.
“Isso vai contribuir com a segurança energética e o desenvolvimento econômico no país, possibilitando novas oportunidades de emprego localmente”, declarou em nota Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
“Os campos são um encaixe estratégico para as ambições da Equinor em um país onde temos uma história sólida e a intenção de fortalecer ainda mais nossa presença”, acrescentou Trond Bokn, vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Projetos da companhia norueguesa.
O projeto compreende uma embarcação do tipo FPSO, que é capaz de processar gás e óleo/condensado para atender às especificações de venda sem a necessidade de processamento adicional na costa. O FPSO terá uma capacidade de produção de 16 milhões de metros cúbicos de gás/dia, com média de escoamento estimada para 14 milhões de metros cúbicos de gás/dia.
O gás do campo offshore será comercializado por meio de um gasoduto submarino de 200 quilômetros na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro.