As ações da CBD (PCAR3), dona do Pão de Açúcar, foram cortadas de recomendação neutra para desempenho abaixo da média pelo Safra, mostra um relatório enviado a clientes e obtido pelo Dinheirama.
Os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio, veem a empresa barata, mas cuja avaliação é justa devido à sua “lacuna” de retorno sobre o capital investido (ROIC) em relação aos papeis do Assaí (ASAI3) e Grupo Mateus (GMAT3).
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A diferença fica de 3%, contra 14% e 16%, respectivamente. O preço-alvo foi cortado de R$ 3,40 para R$ 2,50.
O Assaí e o Grupo Mateus também foram cortados, passando de desempenho acima da média para neutra, com os preços-alvos reduzidos de R$ 9,30 para R$ 8 e de R$ 10 para R$ 7,50, respectivamente.
“Estamos incorporando as novas e mais rigorosas premissas macro, bem como suas implicações para a renda disponível dos indivíduos, balanços patrimoniais das empresas (despesas financeiras) e Ke (atualmente em 15,3% de 13,8% antes de considerar um beta de 1)”, ressaltam Pini, Granello e Sartorio.
O que comprar?
Apesar do momento mais desafiador, o Safra acredita que o setor de varejo continua a oferecer algumas oportunidades de crescimento interessantes, com risco limitado relacionado a crises econômicas.
A Hypera (HYPE3) é uma das preferências, com recomendação de desempenho acima da média (elevada de neutra) e preço-alvo de R$ 25 (de R$ 29), pela avaliação atraente de 10 vezes o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) para 2025 versus a média histórica de 16 vezes, o que “mais do que precifica os riscos potenciais para a recuperação em andamento, que deve acontecer mais rápido do que o esperado”.
A outra escolhida é a Panvel (PNVL3), que possui a recomendação acima da média e preço-alvo de R$ 11,50 (de R$ 14,40), “devido à sua atrativa avaliação P/L de 2025 de 11 vezes vs. sua média histórica de 16 vezes, apoiada pelas perspectivas de crescimento da empresa (receitas: +13% ano a ano em 2025)”.
Em relação à Blau (BLAU3), seus resultados recentes apontam para um cenário mais favorável para o mercado de imunoglobulinas, o que levou o Safra a revisar as estimativas de lucro líquido para cima. “No entanto, mantemos nossa postura conservadora em margens de longo prazo e, portanto, mantemos nossa classificação neutra”, opinam os analistas.
Por fim, o Safra manteve a classificação neutra para a Raia Drogasil (RADL3) (preço-alvo cortado de R$ 28,70 para R$ 23,50), e a classificação de desempenho acima da média para a Pague Menos (PGMN3) (preço-alvo modificado de R$ 3,70 para R$ 4,40), “devido ao seu considerável potencial de alta e perspectivas decentes de crescimento da receita, juntamente com ganhos de margem que devem continuar a dar suporte à desalavancagem e ao crescimento do lucro por ação da empresa”.