Uma das coisas mais fascinantes que observo nestes novos tempos em que vivemos é que há uma série de meios de se fazer as mesmas coisas.
Se até pouco tempo parecia que estávamos encurralados em um único modo de agir, agora não é bem assim. Até nos negócios, veja bem, as startups têm mudado tanto o status quo que instituições super bem estabelecidas de áreas diversas estão sendo obrigadas a se mexer também, o que só pode ser bom para o cliente final.
A internet deu voz a muitas pessoas que antes estavam esquecidas. Estamos tendo que lidar com o lado positivo de ter mais liberdade para tudo e de colocar limites saudáveis nesta liberdade também. E, ao mesmo tempo, surgiram uma série de facilidades virtuais para darem aquela mãozinha tão necessária em nossas vidas reais, não é mesmo?
Neste artigo, resolvi te convidar para refletir comigo sobre economia colaborativa, aquela que, como diz o nome, não é baseada no dinheiro ou no lucro, mas em colaboração, em troca. Tenho certeza que você também pode tirar proveito dela caso ainda não o tenha feito. Vamos lá?
Aquela ajuda na hora de vender
Quando eu era criança minha mãe, que sempre gostou e fez muito bem vários tipos de doces, sempre dizia que se fosse um pouco mais “cara de pau” ela faria bolos para vender. Pois bem, não o fez.
Naquela época, porém, não havia internet, e nem a variedade de redes colaborativas de todos os jeitos e tamanhos para dar aquela força extra que as pessoas tanto precisam na hora de oferecer os seus serviços.
Hoje, só não oferece quem não quer. Basta entrar em um dos muitos grupos presentes nas redes sociais para vender desde bolos de pote até comida árabe, aulas de idioma, serviços diversos, dança ou artesanato. Simples assim. E muita gente tem tirado o sustento dessa forma, não é legal?
Outra ferramenta que considero super interessante são as plataformas de troca. Nelas, o objetivo realmente é realizar um escambo. Ou seja, não entra dinheiro na brincadeira.
O escambo, aliás, é uma prática ancestral, uma das formas mais básicas que o ser humano encontrou para trocar, sejam objetos ou serviços, quando havia um excedente ou uma necessidade que ele precisava resolver. E agora essa prática tão “primitiva” virou algo do mundo moderno, quem diria, não? Portanto, se você não tem dinheiro, caro leitor, está na hora de olhar mais atentamente para essas plataformas. Vai que tudo se resolve na base da troca, não é mesmo?
Plataformas de trocas
Eu aderi a este esquema de escambo através de trocas de aulas de idiomas. Já fazia isso há certo tempo através de alguns grupos e, volta e meia, quando acho que preciso praticar ou estudar mais alguma língua, eu ofereço os meus conhecimentos em português por aulas de inglês, espanhol ou qualquer outro idioma que eu queira aprender. Sempre deu muito certo.
Minha irmã, que adora pesquisar estes grupos na internet, outro dia trocou umas peça de roupa por pulseiras e brincos. Vejam como essa brincadeira pode ser interessante! Pense que provavelmente sempre vai haver alguém interessado naquilo que você não quer mais, e vice-versa.
Se você ficou interessado em começar a trocar, aproveite porque separei 5 plataformas interessantes para as quais você deveria ao menos dar aquela olhada básica. Vamos lá?
- Bliive – Trata-se de uma rede de compartilhamento de tempo e troca de conhecimento. Quem se cadastra recebe em bliives, as moedas de tempo que equivalem a 1 hora. Todos os serviços têm o mesmo valor e são medidos em horas. Então, por exemplo, você pode oferecer duas horas de aulas de dança e depois trocar por uma hora de massagem e uma hora de aula de ajuda com informática. Todas as experiências são comentadas por usuários e prestadores do serviço, ajudando outros interessados.
- Timerepublik – Funciona de forma semelhante ao Bliive, trocando horas de trabalho de um usuário por horas de trabalho de outro usuário. É uma plataforma internacional, portanto dá para trocar serviços com gente do mundo todo.
- Permute – É uma plataforma de troca corporativa e exige um valor inicial para o empresário que quiser se cadastrar como afiliado, além de um valor de manutenção mensal. Os participantes, então, podem trocar seus serviços por outros de empresas cadastradas, o que pode ser super útil quando falta dinheiro no caixa, mas as necessidades continuam.
- Empreenda Junto – A plataforma, que se auto denomina “O vale do silício digital” conecta empreendedores e pessoas em geral que tenham uma ideia para empreender. A ideia pode ser compartilhada e quem acreditar nela pode colaborar de alguma forma.
- Tem açúcar – Já bateu na casa de um vizinho para pedir algo emprestado? Já emprestou algo para um amigo que mora perto? Pois bem, esta plataforma tem como objetivo estimular a troca entre quem está no mesmo bairro ou arredores. Você se cadastra e pode pedir coisas emprestadas e emprestar também. Há avaliação depois desta transação, então é preciso cuidar do objeto direitinho e devolver no prazo para não se queimar, ok? E, além das trocas, quem sabe você não faz novas amizades no bairro também, não é mesmo? Um viva à economia colaborativa!